terça-feira, 20 de março de 2012

Todo "risk taker" é um "shit maker"

Matéria do Globo:


***

'WSJ': Frade era aposta de risco

 

As perfurações no campo de Frade eram consideradas uma aposta arriscada, conforme admitiu o próprio presidente para América Latina e África da Chevron, Ali Moshiri, ao "Wall Steet Journal", em uma reportagem publicada em outubro de 2008. Essa reportagem foi citada pelo delegado da Polícia Federal Fábio Scliar em seu relatório sobre o vazamento ocorrido em novembro do ano passado. Moshiri, na ocasião, justificou os riscos lembrando que acabou o tempo das grandes reservas de petróleo fáceis de explorar, conhecidos na indústria como elefantes. "Se você só for atrás de elefantes, nunca vai caçar", disse Moshiri ao "Journal".A reportagem conta que Moshiri estava envolvido com o campo de Frade desde 2001, quando assumiu o cargo após a fusão de Chevron e Texaco. "Era um projeto que foi contestado desde o primeiro dia", contou. A Texaco pretendia construir uma grande plataforma no local, o que Moshiri descartou por ser muito caro.
Moshiri, segundo o "Journal", esperava que o campo de Frade se tornasse um padrão para exploração em locais semelhantes. Mas tinha pressa: para ganhar tempo e dinheiro, ele vetou abordagens convencionais, mais demoradas, e reciclou equipamentos antigos.
A Chevron tentava desenhar um plano de baixo custo quando descobriu que o petróleo não estava em uma "colmeia" de pequenos reservatórios. A colmeia teria tornado a exploração economicamente inviável. A equipe que trabalhava no campo de Frade queria perfurar mais poços para melhor entender o local. Mas Moshiri disse que isso era muito caro e demorado e defendeu a perfuração de menos poços, mais simples e baratos.
Muitos dos engenheiros envolvidos no projeto estavam habituados a locais de fácil exploração e achavam o campo de Frade perda de tempo. Morishi lembrou-os de que esse tempo acabara.

Plataforma tinha 30 anos e foi adaptada para águas profundas

Em agosto de 2004, um diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) criticou a empresa, dizendo a uma publicação setorial que a Chevron não estava se esforçando para desenvolver o local. Moshiri e uma equipe de engenheiros e geofísicos da Chevron foram ao Rio para uma série de reuniões com a agência. Ele disse ao "Journal" que os técnicos se convenceram.
O plano original da Chevron era perfurar metade dos 19 poços planejados, começar a produzir petróleo, depois estudar os dados por 18 meses antes de perfurar os restantes. Era uma abordagem conservadora. Se os primeiros poços não parecessem bons, a empresa poderia desistir dos outros e reduzir as perdas.
Mas, enquanto os geólogos da Chevron aconselhavam a ir devagar, Moshiri decidiu, em meados de 2005, apostar alto no campo de Frade. Eles perfurariam todos os poços, um atrás do outro, sem intervalo. "Este é nosso trabalho, assumir riscos", afirmou Moshiri.
Temendo perder a oportunidade de explorar o local, Moshiri decidiu correr. A Chevron foi atrás de uma plataforma. Em novembro de 2005, conseguiu uma para adaptação.
A Sedco 706, construída em 1976, não era adequada para a moderna exploração em águas profundas e nem estava operando. A Chevron propôs à dona da plataforma, a Transocean, um contrato de três anos, de US$ 315 mil por dia, se esta adaptasse a Sedco — citada no relatório da PF — para o serviço. A Transocean concordou. Para levar a plataforma ao local, a Chevron recorreu a outra quase-sucata: o navio-tanque Lu San, cuja vida útil começara nos anos 1970, com o armador grego Aristóteles Onassis.
No fim, o "Journal" lembra que permaneciam dúvidas sobre o campo de Frade. "Apesar de anos de modelação computacional, a Chevron não sabe quanto óleo as rochas contêm ou a localização exata do reservatório".

Um comentário:

  1. Joseph Stalin matou mais de um milhão de russos e a Rússia não tinha um milhão de pessoas ricas. Aquele um milhão era de pessoas pobres, as pessoas para quem a revolução havia sido feita, em nome de quem Stalin tornou-se um ditador e estava governando o país. Por que aquelas pobres pessoas foram mortas? Elas não estavam conscientes de que ao escolher o Partido Comunista e fazer a revolução elas estavam cometendo um engano. Elas apenas pensavam que os comunistas iriam fazer todo mundo ficar rico. Elas não tinham outra idéia.


    A idéia delas era simples, elas eram pessoas simples. Pensavam que quando o Partido Comunista estivesse no poder, todo mundo ficaria rico, feliz e empregado. Mas quando o Partido Comunista chegou ao poder, milhares de outras coisas começaram a acontecer, sobre as quais o povo não tinha nenhuma idéia.

    Eles não fizeram a revolução e não lutaram contra o czar e seu reinado por causa dessas coisas. Primeiro eles ficaram chocados. O czar e toda a sua família - dezenove pessoas – foram brutalmente assassinados, e um deles era um bebê com apenas seis meses de vida. Eles não deixaram nem aquela garotinha viver, e ela nenhum mal tinha feito a quem quer que fosse, ela ainda nem sabia o que era a vida e nem estava preocupada com ricos e pobres nem com todo esse jargão. Eles os colocaram de pé numa fila e atiraram com uma metralhadora.

    Quando as pessoas souberam, elas não podiam acreditar, porque elas nunca pensaram que as coisas aconteceriam assim. E logo outras coisas começaram a acontecer. As igrejas tiveram que se transformar em hospitais e escolas porque no Partido Comunista não tem deus. E nem acreditavam que o homem tivesse uma alma. Para eles a consciência era apenas uma combinação de elementos físicos, era um subproduto, de modo que matar um homem não era diferente do que desmontar uma cadeira; tudo é matéria.

    O povo pobre não estava consciente de que eles estavam fazendo a revolução e morrendo por ela para implantar o materialismo. E quando suas igrejas foram fechadas, eles começaram a lutar, quando suas bíblias lhes foram tiradas, eles começaram a combater. O resultado final foi que um milhão de pessoas foram mortas porque elas não estavam prontas para aceitar a ideologia comunista do materialismo.

    ResponderExcluir