quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sonho do funcionalismo público

Excelente texto do blog do Conde:

http://cavaleiroconde.blogspot.com/2010/12/o-sonho-do-funcionalismo-publico_18.html

Certo dia eu me deparei com uma frase, que me soou, no mínimo, estranha. Um juiz federal, que também é professor e escritor de livros para concurso público, chamado William Douglas, falou do "sonho de passar em concurso público". Se um grupo de pessoas supõe que ser funcionário público é um sonho, é porque as coisas vão de mal a pior. Assustadores são aqueles indivíduos presunçosos, que acham que o estreito mundinho da burocracia seja o mais elevado nível de reconhecimento social e garantia econômica. Esses aí olham a sociedade de cima para baixo, sabe-se lá por quê. Todavia, de uma coisa há de se concluir: quando uma parte não muito pequena da sociedade sonha com cargos públicos, tal fato revela a falta de opção, a pobreza econômica e a visão social turva de uma nação.

É perfeitamente compreensível entender por que uma boa parte estudiosa e universitária da população procura cargos públicos: a iniciativa privada paga maus salários e os empregos, em sua maioria, aparentam não ser promissores. Os salários de cargos públicos, à primeira vista, são atraentes. Todavia, pouca gente se pergunta o preço dessa mania e por que muitos empregos privados são tão ruins. A fórmula é relativamente simples: cerca de quase metade da renda nacional está nas mãos do Estado. Essa renda toda, decerto, não é produzida pelo funcionalismo, que no país, é um verdadeiro exército de gente empregada e cara. No entanto, mesmo que o cidadão comum pague uma carga tributária pesadíssima, eis o que se vê nos serviços públicos em geral: hospitais e escolas públicas caindo aos pedaços, papeladas e mais papeladas para resolver problemas burocráticos que poderiam ser simples e a corrupção, que em certos setores, se torna
generalizada. E seus efeitos são sentidos também na iniciativa privada: pouca acumulação de capital e poupança, salários baixos, escassez de bons empregos e empobrecimento geral.

Se não bastasse o mercado ser exaurido por conta dessa estrutura estatizante, uma boa parte da sociedade guarda também um sólido ranço mercantilista. A empresa privada brasileira pode ser competitiva e muitos brasileiros são grandes empreendedores. Porém, eles enfrentam toda uma estrutura institucional que parece odiá-los e a hostilizá-los. A mentalidade vigente na política e na economia brasileira não parece gostar de livre concorrência. Empresa privada que se dá bem é aquela que presta salamaleques ao governo e vive numa bizarra espécie de capitalismo sem riscos. Ou melhor, onde os lucros são privados e os riscos são públicos. É possível entender por que muita gente foge do ofício de ser empresário. Há toda uma sorte de dores de cabeça para realizar tal atividade: impostos altíssimos, fiscais da receita ou do trabalho corruptos, direitos trabalhistas altos e impagáveis, contas pesadas a pagar, sem contar as dificuldades
inúteis para regularizar uma empresa. Até fechar um negócio se torna dispendioso. A despeito de ser o elemento motivador que gera a riqueza econômica do país, o empresário é estigmatizado como uma criatura exploradora e parasita, cuja atividade é uma "concessão" que o Estado oferece, como um mal necessário. As restrições burocráticas ao livre mercado são assombrosas e desestimulantes. Cabe acrescentar outras dificuldades graves: as reservas de mercado nas práticas empresariais, profissões, ofícios. E também privilégios em relação aos empréstimos, subsídios e incentivos fiscais que o Estado proporciona para certos empresários amigos do rei. A concorrência, neste caso, se torna desleal.

É paradoxal que em nosso país, a iniciativa privada se sinta dependente ou refém do Estado. Contrariamente ao bom senso de todas as filosofias políticas, não é o Estado que se torna elemento subsidiário e marginal da sociedade e da iniciativa privada, mas é a própria sociedade e a iniciativa privada que são elementos subsidiários e marginais do Estado. É como se a iniciativa privada fosse parte do próprio Estado e não um elemento separado, dicotômico, tal como ocorre nas sadias democracias modernas. Daí a promiscuidade entre o público e privado, entre o empresário privilegiado e o político e burocrata vigarista e corrupto. Daí o patrimonialismo, que confunde a autoridade pública abstrata do cargo com a própria pessoa do cargo.

Um exemplo claro disso é quando o eleitorado vota inspirado no assistencialismo governamental. O retrato dessa anomalia é a bolsa-família e demais subsídios aos pobres. Na mentalidade da maioria dos eleitores ignorantes, o Estado, como um pai, um coronel, um senhor de engenho, foi caridoso, deu de comer aos famélicos coitados. O Estado não é uma figura burocrática e impessoal. Ele tem sentimentos e vontade própria. Sua ação não se faz por conta das leis, para retribuir à sociedade o que recolheu em impostos, mas porque realiza um "favor", uma generosidade, uma boa ação ao povo pobre. Assim pensaram os eleitores nordestinos que votaram em peso em Dilma Rousseff para presidente. Na mentalidade deles, o Estado não é uma entidade abstrata, porém uma figura personalizada, na pessoa do Sr. Lula. O mesmo se aplica ao chamado Prouni, ao subsídio que o governo federal dá aos estudantes pobres para ingressarem nas universidades.

Na propaganda do governo, uma atriz relata: - Antes, medicina era coisa pra rico! Tal como um lacaio de senzala ou um menino de recados do Brasil colonial, a criatura reproduz um pensamento secular de servilismo arraigado na população. Claro, o futuro ex-presidente demagogo captou perfeitamente a psicologia dos pobres para tratá-los como "filhos", tal como um senhor de engenho trataria seus lacaios da fazenda. O mesmo princípio se aplica aos empresários benevolentes e bajuladores do governo, que ganham privilégios com essa aliança subserviente e desigual. A empresa privada vive amarrada numa situação legal de chantagem tributária com o Estado, idêntica a uma relação entre um eterno devedor e um agiota. O governo cria leis tributárias impossíveis de serem cumpridas e o empresário médio se torna um eterno cativo dos fiscais da receita. Na prática, trocou-se o senhor de engenho e o burocrata português pela figura personalista do
Estado soberano, do governo federal. A soberania estatal, por assim dizer, virou um grande senhor de engenho. E os seus cidadãos, verdadeiros escravos da senzala, fazem contrição, agradecidos, pela generosidade do ogro filantrópico governamental.

Mesmo a psicologia da criatura da propaganda do Prouni reflete um atraso civilizador: medicina, como funcionalismo público, não é uma atividade profissional como outra qualquer, dentro de uma nação capitalista e democrática. É uma outorga governamental, um status bacharelesco, que a distingue dos seres mortais, tal como os nobres do Antigo Regime. Por mais que o governo jorre dinheiro para universidades de péssima qualidade, inclusive, sendo que a maioria delas tenha as piores notas no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), o importante não é ter cultura intelectual séria, mas sim distribuir diplomas a granel, inflar as estatísticas governamentais e formar centenas de milhares de bacharéis analfabetos funcionais.

Lima Barreto, no seu delicioso romance "Os Bruzundangas", dizia que a fama generalizada de "doutores" era um simulacro de título de nobreza de toga, tal como a nobiliarquia dos "Dons" da Espanha. O mesmo sentimento se aplica aos funcionários públicos. O "sonho" do concurso público, basicamente, é a mentalidade patrimonialista que se repete de geração por geração, de se achar distinto, por pertencer às esferas do poder estatal.

É mais compreensível ainda por que a inteligentsia brasileira busque na burocracia, um sinal de ascensão social. Mesmo os mais acérrimos intelectuais críticos do patrimonialismo estatal brasileiro, com sólido pensamento liberal, são ou foram funcionários públicos. Essa questão denuncia a carência ou pobreza, dentro da iniciativa privada, de atividade intelectual fora da influência do Estado. Mesmo a educação privada e universitária brasileira é uma extensão do Estado e segue todas as cartilhas impostas pela burocracia. Não há um reitor, um professor universitário, um livre pensador que questione a intervenção estatal sufocante em escolas e faculdades privadas. Na verdade, livre pensamento no Brasil é estatizado. Historiador, sociólogo, filósofo, professor, economista não é aquele que estuda história, sociologia, filosofia, letras, pedagogia ou economia e sim quem possui diploma desses conhecimentos. Ainda que o indivíduo seja
um completo ignorante nessas matérias, o culto da papelada prevalece sobre o conteúdo real. O autodidata estudioso não existe na cultura intelectual brasileira, salvo, é claro, se tiver um papel timbrado. Quando a papelada bacharelesca não resolve ou quando simplesmente não a possui, vira naturalmente funcionário público.

Os empresários da educação não querem brigar contra o Estado; morrem de medo dos governantes. E professores e alunos parecem crer que seja "natural" que o Estado imponha projetos, políticas pedagógicas ou mesmo reles doutrinação ideológica através de burocracias aladas do MEC (Ministério da Educação), em Brasília. Algum professor do país conhece quem está ditando as cartas para educar os alunos? Algum pai de família questiona o que seus filhos estão aprendendo na escola? Os burocratas socialistas da educação já estão ditando para nós o que devemos ou não ler nas salas de aula: Monteiro Lobato, um clássico infantil de gerações de crianças brasileiras, foi ameaçado de ser banido pelo Conselho de Educação, por ser considerado "racista". E se não bastasse a perversão pedagógica desses doutos ursos sábios da engenharia social travestida de educação, já querem impor cartilhas homossexuais nas escolas, para menores
e adolescentes! Todavia, uma boa parte dos brasileiros confia cegamente na sacrossanta autoridade dos "sonhadores" do concurso público, ainda que contraditoriamente critique seus serviços!

Embora o concurso público seja um avanço administrativo, pois ajudou a impessoalizar a burocracia estatal, tornando-a mais competitiva e meritocrática (ao menos na seleção dos quadros internos), no entanto, o corporativismo continua atuante e a mania do cargo público constitui uma anomalia social perigosa. Pouca gente percebe nessa onda a feroz concentração de poder estatal, o afunilamento do mercado de trabalho e demais opções de emprego na sociedade civil. A pergunta que fica no ar é: com um exército de funcionários públicos, quem pagará a conta? Quem pagará o déficit da previdência social, que explode a cada dia e endivida cada vez mais o Estado? Alguém já percebeu quem é o sujeito mais privilegiado no recolhimento de impostos? Com certeza não é o contribuinte. Uma parte considerável dos impostos é para pagar a folha de salários do funcionalismo público. Em alguns casos, essas folhas superam, de longe, todos os gastos
necessários em serviços, em favor do cidadão comum.

É inteligível por que muitos indivíduos "sonhem" com o concurso público. O "sonho" do concurso público escamoteia uma realidade perversa da sociedade brasileira: uma nação pobre, dominada por um capitalismo cheio de cartéis, reservas de mercado e distorções governamentais, que encarece a vida econômica e escasseia os empregos. É uma economia rigidamente estratificada, que teme os riscos e cria empecilhos estúpidos para os mais competitivos. Chega a ser paradoxal que os mais competitivos procurem no Estado, aquilo que não acham no mercado. Claro que os "concurseiros" só são competitivos quando estudam para as provas. Depois se tornam parasitários em privilégios. Ciosos do seu bem estar, de sua estabilidade profissional e de suas regalias profissionais, uma parte significativa deles é abertamente hostil a quaisquer mudanças de ordem econômica, quando implicam a diminuição do Estado ou do orçamento.

Não há de surpreender porque o funcionalismo público, em sua grande parte, adota o socialismo como ideologia. Sob o disfarce de um discurso progressista, é uma classe reacionária por excelência, quando a questão é a defesa de seus privilégios. O ódio disseminado contra o patrão, o capitalista real ou o empreendedor privado, no âmago dessas doutrinas estatizantes, coaduna com o amor idolátrico pelo chefe abstrato que é o Estado. Esse chefe abstrato não tem olhos, não tem vida ou comando próprio para cobrar a conta deles. Nem mesmo o contribuinte médio, que supostamente é o seu chefe, tem olhos fiscalizadores para o dinheiro que é tirado de seu bolso. Na verdade, o próprio funcionário público é o chefe, o comando, o próprio Estado. E numa inversão de hierarquias, aquele que deveria ser servido, que é o cidadão comum, é o seu mais atribulado servidor. Ou melhor, o seu mais atribulado servo.

A segurança estatal ilusória da estabilidade é um dos atrativos da carreira pública. Parte-se do mecanismo psicológico de isenção de responsabilidade individual e da transferência de custos do funcionalismo público para o próprio Estado. Daí a crença fantasmagórica de que o socialismo, expandindo suas garras sobre a sociedade, expandirá também os confortos restritivos da burocracia. Contudo, esses confortos só existem porque há uma margem de mercado livre, com todos os empecilhos burocráticos existentes. São os empresários e trabalhadores privados que produzem os bens de consumos baratos e acessíveis para esse mesmo funcionalismo. Ou mais, é a livre empresa e o trabalhador assalariado da iniciativa privada que pagam os salários e os consumos dos servidores públicos. Sem este mero detalhe, os confortos do grosso da burocracia estatal simplesmente desaparecem. Ou na melhor das hipóteses, só uma nomenclatura bem diminuta se
beneficiaria com essa concentração de poder governamental (como de fato, ocorreu em todos os países socialistas).

Na verdade, o funcionalismo público é, por natureza, um grupo cujos ganhos estão na ineficiência. Quanto mais o Estado gastar com eles, melhor. Não há uma relação direta entre os salários dos cargos públicos com produtividade. Pelo contrário, quanto menos trabalho e maior ganho, maior é a recompensa. Em suma, o funcionalismo público é uma classe que quanto mais se agiganta, mais se torna inútil, mais se torna incontrolável. O potencial de subversão do funcionalismo público é altamente destrutivo. E em nome disso, pode ameaçar tanto a economia, como as liberdades de um país democrático.

Não condeno quem busca a carreira pública. Sob muitos aspectos, as vantagens do funcionalismo são sedutoras e é uma atividade laboral e honesta como qualquer outra. Em muitos países ricos e democráticos, o funcionalismo público tem um significado bastante secundário, como de fato, deve ser. No entanto, é criticável a mitificação do cargo público como se fosse uma atividade superior, acima do bem e do mal, ou um "sonho", na visão do juiz William Douglas. No Brasil, o cargo público ganha aura mística, sacerdotal, importância desproporcional e absurda. O inchaço do poder público e a expansão da burocracia estatal é uma tragédia para o país. Onera o contribuinte, arruína as contas do Estado e poda o desenvolvimento de uma nação.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FHC, por Augusto Nunes

De volta ao Brasil de sempre, resignaram-se há oito anos as paredes do gabinete presidencial depois de uma ligeira contemplação do novo inquilino. Desde 1960, quando Juscelino Kubitschek inaugurou o Palácio do Planalto, a grande sala no terceiro andar já abrigou napoleões de hospício, generais de exército da salvação, perfeitas cavalgaduras, messias de gafieira, gatunos patológicos, vigaristas provincianos e outros exotismos da fauna brasileira. Por que não um Luiz Inácio Lula da Silva?

Quem conhece a saga republicana sabe que a ascensão ao poder de um ex-operário metalúrgico só restabeleceu a rotina da anormalidade que vigora, com curtíssimos intervalos, desde o inquilinato de Jânio Quadros. Na galeria dos retratos dos presidentes, Lula está à vontade ao lado dos vizinhos de parede. Sente-se em casa. A discurseira delirante e ininterrupta está em perfeita afinação com a ópera do absurdo. O acorde dissonante é Fernando Henrique Cardoso. Um confirma a regra. O outro é a exceção.

O migrante nordestino que chegou à Presidência sem escalas em bancos escolares tem tudo a ver com o país dos 14 milhões de analfabetos, dos 50 milhões que não compreendem o que acabaram de ler nem conseguem somar dois mais dois, da imensidão de miseráveis embrutecidos pela ignorância endêmica e condenados a uma vida não vivida. Esse mundo é indulgente com intuitivos que falam sem parar sobre assuntos que ignoram. E é hostil a homens que pensam e agem com sensatez. É um mundo que tem pouco a ver com um sociólogo nascido no Rio que tinha escrito muitos livros quando se instalou no Planalto.

O Brasil de Lula tem a cara primitiva de sempre. O Brasil de FHC provou que a erradicação do atraso não é impossível. Pareceu até civilizado no primeiro dia de 2003, quando se completou um processo sucessório exemplarmente democrático. Durante a campanha eleitoral, o presidente fez o contrário do que faria o sucessor. Embora apoiasse José Serra, não mobilizou a máquina administrativa em favor do candidato, não abandonou o emprego para animar palanques e consultou os principais concorrentes antes de tomar decisões cujos efeitos ultrapassariam os limites do mandato prestes a terminar.

NEM RUTH CARDOSO FOI POUPADA
Consumada a vitória do adversário, FHC pilotou o período de transição e ajudou a conter a fuga de investidores inquietos com a folha corrida do PT. O Brasil de janeiro de 2003 tinha poucas semelhanças com o que Itamar Franco encontrou depois do despejo de Fernando Collor. Em 1994, o ministro da Fazenda de Itamar comandou a montagem do Plano Real. Nos oito anos seguintes, fez o suficiente para entregar a Lula um Brasil alforriado da inflação e da irresponsabilidade fiscal, modernizado pela privatização de mamutes estatais deficitários e livre de tentações autoritárias.

"Aqui você deixa um amigo", disse o sucessor com a faixa presidencial já enfeitando o peito. Foi a primeira das mentiras, vigarices, trapaças e traições que alvejariam, nos oito anos seguintes, a assombração que está para o SuperLula como a kriptonita para o Super-Homem. Criminosamente solidário com José Sarney, a quem chamava de ladrão, obscenamente amável com Fernando Collor, a quem chamava de corrupto, o ressentido incurável, incapaz de absorver as duas derrotas no primeiro turno, guardou o estoque inteiro de truculências e patifarias para tentar destruir um antigo aliado, um adversário leal e um homem honrado.

Lula nunca pronuncia o nome nem as iniciais do antecessor. Delega as agressões frontais a grandes e pequenos canalhas, que explicitam o que o chefe insinua. Há sempre os sarneys, dirceus, jucás, berzoinis, collors, dutras, renans, mercadantes, tarsos, gilbertinhos, dilmas e erenices prontos para a execução do trabalho sujo que não poupou sequer Ruth Cardoso, vítima do papelório infame forjado em 2008 na fábrica de dossiês da Casa Civil. A cada avanço dos farsantes correspondeu uma rendição sem luta do PSDB, do PPS e do DEM. FHC não é atacado pelos defeitos que tem ou pelos erros que cometeu, mas pelas qualidades que exibe e pelas façanhas que protagonizou.

Ele merecia adversários menos boçais e aliados mais corajosos. Há algo de muito errado com a oposição oficial quando um grande presidente, para ressuscitar verdades reiteradamente assassinadas desde 2003, tem de defender sozinho um patrimônio político-administrativo que deveria ser festejado pelos partidos que o apoiaram. Há algo de muito estranho com um PSDB que não ouve o que diz seu presidente de honra. Nem lê o que escreve, como atesta a releitura de dois artigos publicados no Estadão.

O PONTO FORA DA CURVA
Em outubro de 2008, FHC avisou que a democracia brasileira estava ameaçada pelo "autoritarismo popular" do chefe de governo, que poderia descambar numa espécie de subperonismo amparado nas centrais sindicais, em movimentos ditos sociais e nas massas robotizadas. "Para onde vamos?", perguntava o título do primeiro artigo. A Argentina de Juan Domingo Perón foi para os braços de Isabelita e acabou no colo dos militares. O Brasil de Lula foi para Dilma Rousseff. É cedo para saber onde acabará.

Em fevereiro, com 968 palavras, FHC enterrou no jazigo das malandragens eleitoreiras a fantasia costurada durante sete anos. "Para ganhar sua guerra imaginária, o presidente distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação, nega o que de bom foi feito e apossa-se de tudo que dele herdou como se dele sempre tivesse sido", resumiu. Depois de ensinar que o Brasil existia antes de Lula e existirá depois dele, recomendou que se apanhasse a luva atirada pelo sucessor: "Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer".

Em vez de seguir o conselho e sugerir a Lula que topasse um debate com Fernando Henrique, José Serra reincidiu no crime praticado em 2002 — com agravantes. Além de esconder o líder que aumentou a distância entre o país e a era das cavernas, apareceu no horário eleitoral ao lado de Lula, convertido num Zé decidido a prosseguir a obra do Silva. Aloysio Nunes Ferreira fez o contrário. Tinha 3% das intenções de voto quando transformou FHC em principal avalista da candidatura. Elegeu-se senador com a maior votação da História. Saudado por sorrisos, cumprimentos e aplausos quando caminha nas ruas de São Paulo, FHC nunca foi hostilizado em público. Depois da vaia no Maracanã, Lula não voltou a dar as caras fora do circuito das plateias amestradas.

Desde o dia da eleição, FHC tem exortado o PSDB a transformar-se num partido de verdade, com um programa que adapte à realidade brasileira a essência da social-democracia, combata sem hesitações a corrupção institucionalizada e, sobretudo, aprenda que o papel da oposição é opor-se, como ele próprio tem feito há oito anos. "Por enquanto, o único partido que temos é o PT", repetiu há dias. "Sem uma linha política clara a seguir, o PSDB continuará a agir segundo as circunstâncias e a perder tempo com questões pontuais". Pode perder de vez também o respeito e a confiança do eleitorado oposicionista, adverte a reação provocada pela Carta de Maceió. O teor vergonhoso do documento comprova que os governadores tucanos não captaram o recado do patriarca.

Na trajetória desenhada pelos presidentes da República, FHC é o ponto fora da curva. Pode ser esse o seu destino, sugere a paisagem deste fim de 2010. Assegurada a vaga na História, poupado da obsessão pelo poder, ainda assim não recusa o combate, não faz acordos, não capitula. Em respeito à própria biografia, e por entender que a nação merece algo melhor, continua a apontar a nudez do pequeno monarca. Oito anos mais velho, ficou oito anos mais novo: nenhum líder político é tão parecido com a oposição real, rejuvenescida e revigorada neste outubro por 44 milhões de votos, quanto Fernando Henrique Cardoso.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/fernando-henrique-foi-o-acorde-dissonante-na-partitura-da-opera-do-absurdo/

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sábado, 11 de dezembro de 2010

Aécio, "o príncipi di Maquiavér"

Texto do Reinaldo Azevedo

O PT de Minas tem lá seus motivos para estar bravo, sem dúvida: com efeito, a candidatura de Helio Costa (PMDB) foi imposta ao partido, foi preciso condescender muitas vezes com Aécio Neves, a direção nacional atuou de forma decisiva ali… E tudo isso valeu o quê? Ora, em boa medida, a eleição de Dilma Rousseff à Presidência— uma "mineira", uai! Ou não é? Parece de bom tamanho!

A política de aproximação do partido com Aécio Neves não foi exatamente uma imposição, não é mesmo?, mas uma escolha. Não foi assim que PSDB e PT elegeram juntos Márcio Lacerda, do PSB, prefeito de Belo Horizonte? Ele seria a expressão daquele tal pós-lulismo de que falava Aécio, coisa em que o PT e Lula jamais apostaram (imaginem se o Apedeuta acredita que possa haver qualquer coisa de interessante DEPOIS dele; nunca teria havido nem antes!!!). Para os petistas, o arranjo foi útil porque criava uma perturbação importante na oposição; já o então governador pretendia demonstrar que ele é a superação da clivagem PT X PSDB, que seria expressão de contendas de… São Paulo. O resto do Brasil, a começar por Minas, não teria nada a ver com esse confronto.

Quem ganhou com isso? O PT mineiro, sem dúvida, perdeu espaço, mas é fato que Aécio — ele, não o PSDB — saiu lucrando. Basta olhar o resultado das urnas. E o PT, o nacional, também levou o que queria: a maioria de Minas, maioria expressiva, votou em Dilma Rousseff. Serra, adversário do PT e de Aécio, perdeu a eleição. "Ah, mas o PSDB não se deu mal só em Minas!" É verdade! Mas a história da eleição poderia ter sido outra sem o histórico de fraturas entre os tucanos mineiros e paulistas.

Vejo agora o chororô do PT de Minas… No alvo, como sempre, os "paulistas". Ao supostamente reagir contra o esmagamento a que foi submetido, tendo muitas vezes de se subordinar a Aécio, o PT mineiro referenda, à sua moda, a estratégia de… Aécio!!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Webjet, as maquiadas das tarifas

Horrível a nova política da Webjet. Elenco aqui os principais pontos que detestei e que me agridem como consumidor

a) Acabaram com o serviço de bordo. Agora é a NOJISSE de ter de pagar em dinheiro para a aeromoça por um sanduíche de microndas. Ou seja, a tarifa encareceu, porque eles cortaram custos e NÃO REPASSARAM

b) Cobram para marcar assento. Que absurdo! A despeito que a Tam faz o mesmo, e de maneira mais hipócrita ainda

c) Não dividem mais igualmente as parcelas da passagem no cartão, mas aplicam juros

d) Maquiam o tal "seguro assistencia premiada" em linhas de confirmação absolutamente inúteis.

e) Está impossível saber as condições da tarifa, cancelamente e reembolso, só na véspera do pagamento no site

f) Em momento algum eles explicam quanto é sua franquia de bagagem. Eles oferecem extra mas: quanto eu tenho direito mesmo? Cobrar por bagagem efetivamente encarece E MUITO a passagem

g) Inventaram uma tal "tarifa de uso do site" de R$ 7,00 - efetivamente isto é preço, só que maquiado

h) Sem contar que a Webjet é a mais impontual de todas.

Mas o mercado se move. Eu, por exemplo, estou voando mais de Gol. Quando a tarifa da Gol está perto da Webjet, vou nela. Eles não me sonegam um copo de coca ou a marcação de assento

Se não tivessemos a Anac destruída por Dilma e Erenice, mereciam um senhor gancho!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A espada de Dilmocles

Não Damocles, mas Dilmocles. E a espada de Dilmocles pendente sobre sua cabeça chama-se Lula, com seus ministros escolhidos a dedo a sua volta. A qualquer momento o fio de cabelo se parte, e Lula cai sobre a criatura que lhe esquenta o trono.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sonho elducorado de Lula

Há pouco mais de quarenta dias do término de seu mandato, o país começa a acordar do sonho edulcorado da propaganda e marketing político que moveu todo o governo Lula, e se defronta com a crueza do mundo real.

O que estamos vendo, a cada novo dia, é a realidade de um governo catastrófico, despido da fantasia da propaganda, que estende sua sombra de incompetência sobre todas as áreas.

Roberto Freire

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Nero Rousseff ainda há de surpreender a Agripina Lula da Silva

Vão nessa, dizendo que a Dilma será o terceiro mandato de Lula. Vão nessa achando que a criatura não brigará com o criador. Vão nessa. Duvido. Duvido mesmo. Acho que a briga será interessante. Nero levou cinco anos até se encher e se livrar de Agripina. Ah, o mandato é quatro. Eu sei... mas a repúblicas são mais rápidas.

Lulista, IG censura blog que ataca governo

Veja no Lúcio Neto:

http://lucioneto.blogspot.com/2010/11/por-criticar-lula-blog-de-aposentado.html

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Texto do Augusto que me fez pensar

Do Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-oposicao-real-tem-mais-de-40-milhoes-de-votos-faltam-lideres-sem-medo-e-um-partido-que-enfrente-o-governo-o-tempo-todo/

A anedótica impontualidade, que desde sempre o faz chegar atrasado a todos os compromissos, acabou contaminando o calendário político e subvertendo o relógio eleitoral de José Serra. O candidato à Presidência da República demorou demais para entrar oficialmente na disputa, para concentrar-se na campanha, para costurar a coligação nacional, para montar as alianças regionais ou para decidir quem seria o vice. Nesta quinta-feira, ao aparecer no Senado depois de três semanas de sumiço (e depois da hora marcada), confirmou que vai terminar o ano como começou: chegando à estação quando o trem já partiu.

Em público, Serra assumiu (com 25 dias de atraso) a responsabilidade pela derrota. "A culpa sempre é do candidato", reconheceu na primeira linha do mea culpa revogado pelo que disse em encontros reservados com senadores tucanos. A soma das conversas informa que Serra divide a culpa pelo fracasso entre o rolo compressor do governo federal e o desinteresse de companheiros de partido pela eleição presidencial. Ressentido com o que qualifica de "traições", a maior das quais imagina ter sido protagonizada por Aécio Neves, quer ser compensado com a presidência nacional do PSDB.

Colecionador de bons desempenhos como deputado federal, senador, secretário de Estado, ministro, prefeito e governador, é compreensível que Serra recuse a aposentadoria. Também é aceitável que atribua à própria força eleitoral uma parcela considerável dos votos obtidos em 31 de outubro. É natural, enfim, que não se sinta forçado a abandonar a vida pública por uma derrota: a morte política nunca ocorre antes da morte física. O incompreensível, o inaceitável, o antinatural é perceber que a ficha ainda não caiu. Alguma alma caridosa precisa contar-lhe que nenhum candidato com chances de conquistar a presidência foi tão indiscutivelmente culpado pela própria derrota.

"Cada um tem um estilo e Serra foi fiel ao estilo dele: define uma linha e, aconteça o que acontecer, vai em frente", resumiu com a habitual elegância o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na entrevista publicada pela Folha em 2 de novembro. Resumo da ópera: fora o marqueteiro Luiz Gonzalez, o candidato da oposição oficial não consultou ninguém, não pediu um só conselho a quem quer que seja. Fez questão de errar sozinho — e só não cometeu mais erros por falta de tempo.

Ao abortar a ideia das prévias partidárias, por exemplo, perdeu quaisquer chances de ter Aécio Neves como vice. Ao contemplar o legado de FHC com o olhar deliberadamente vesgo do inimigo, enxergou um problema onde sempre existiu, mais que uma solução, o maior trunfo eleitoral dos oposicionistas. Dilma Rousseff atravessou a campanha celebrando o Brasil de anúncio da Petrobras que Lula finge ter construído. O ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso fez de conta que nem participou do governo que mudou para muito melhor o país real.

Em vez de defender as privatizações que aumentaram a distância entre Brasil e as cavernas, preferiu acusar Dilma de ser menos estatizante do que parece. Em vez do Serra decidido a encerrar a Era da Mediocridade, apresentou-se ao eleitorado um certo Zé pronto para ocupar o lugar do Silva e aperfeiçoar a obra do presidente que estava, segundo o suposto adversário, "acima do bem e do mal". A adversária que todo candidato pede a Deus implorou pelo nocaute o tempo todo. O oponente fugiu ao combate e tentou ganhar encostado voluntariamente nas cordas.

Prisioneiro da falácia marqueteira segundo a qual eleitores preferem que participantes de um duelo troquem cobranças por arrulhos e interpelações por sonetos românticos, Serra desperdiçou incontáveis oportunidades de liquidar o duelo. As pesquisas de intenção de voto avisaram que questões vinculadas a valores morais e princípios éticos influenciariam a decisão do eleitor. Inibido pela paralisante estratégia do medo, inquieto com a possível exposição de pecados tucanos, Serra arriou a bandeira do combate à corrupção desfraldada no discurso em que se despediu do cargo de governador.

Açulada pela tibieza do oponente, a política aprendiz colocou na mesma categoria criminosa a confusa história protagonizada por Paulo Preto e escândalo medonho da Casa Civil estrelado por Erenice Guerra — o andor mais vistoso da procissão infame engrossada por estupradores de sigilo fiscal, fabricantes de dossiês cafajestes e governantes fora-da-lei. Tecnicamente, Serra perdeu para a sucessora escolhida por um presidente sem compromisso com a verdade, a legislação eleitoral e o Código Penal. Vistas as coisas de perto, Serra foi o grande algoz de si próprio. Não existem traidores a condenar. Não há responsabilidades a apurar.

"Ele nunca vai admitir isso", concordam 10 em cada 10 tucanos. "Se foi teimoso a vida inteira, não é agora que vai mudar. Ocorre que a paisagem brasileira mudou, e quem não se adaptar à guinada histórica não tem chances de salvação. As urnas de 2010 testemunharam o nascimento da oposição real. Difere da oposição oficial na cara, no ânimo, na alma. Tem um patrimônio superior a 40 milhões de votos e outros 20 milhões a conquistar. Tem as linhas gerais de um programa, como veremos em outro post. E tem um estadista, Fernando Henrique Cardoso, acumulando as funções de patriarca e ideológo.

Faltam líderes que efetivamente representem a oposição real., e não há vagas nesse grupo de elite para quem faz o que fez Serra na campanha de 2010. Falta um partido que se oponha ao governo antes e depois da eleição, livre-se dos delinquentes de estimação e não perca tempo com intrigas domésticas. O PSDB até pode transformar-se nesse porta-voz da resistência democrátrica. Por enquanto, não é.


Este texto me fez pensar, ainda mais aqui que costumamos ser algozes da trairagem aecista... mas meu foco ainda é "ah, como eu queria que a ocupação do Alemão fosse verdade!"

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cabral, chama a tal "Força Nacional"

Do Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-exercito-fantasma-de-lula-e-dilma-so-entra-em-combate-na-guerra-eleitoral/

***

Ao longo da campanha eleitoral, Dilma Rousseff recitou a cada comício, debate ou entrevista que faltava pouco para que o sistema de segurança pública, a exemplo do que ocorreu na área da saúde, chegasse à perfeição. Graças ao padrinho, garantiu a afilhada, nem teria muita coisa a fazer depois de eleita. Nos últimos oito anos, a violência dos tempos de FHC foi progressivamente substituída pela paz da Era Lula. Ponto para o estadista que encarou a herança maldita.

No meio da discurseira, aparecia inevitavelmente o exemplo do Rio. Com a disseminação das Unidades de Polícia Pacificadora, as miraculosas UPPs, o companheiro Sérgio Cabral concluíra a façanha histórica iniciada pelo PAC e consolidada pela popularidade de Lula. Nem o mais insensato comandante do narcotráfico ousaria enfrentar os 80% do maior dos governantes desde Tomé de Souza.

Dado o aviso, Dilma sacava do coldre imaginário o trabuco com a bala de prata: se alguma facção do crime organizado tentasse conflagrar os morros cariocas, o Mestre não hesitaria em mobilizar a temível Força Nacional de Segurança Pública. Por que o exército medonho até hoje não foi visto em ação? "Porque o governo de São Paulo não quis", repete Lula desde 2006, quando a capital do Estado administrado pelo PSDB foi convulsionada por sangrentos ataques simultâneos do PCC.

Em campanha pela reeleição, Lula e Tarso Genro, ministro da Justiça e marechal da Força Nacional, baixaram em São Paulo para informar que poderiam sufocar a rebelião em quatro ou cinco horas. Bastava uma solicitação formal do governador. Pena que os tucanos paulistas tenham teimado em ignorar o bom exemplo dos companheiros cariocas, suspirava Lula antes que a violência no Rio recrudescesse com dimensões apavorantes. O segredo é a aliança entre os governos federal e estadual.

Até o começo da semana, o presidente e a sucessora sustentaram que o entendimento fraternal com o governador Cabral (sem contar a guarda pessoal do prefeito Eduardo Paes) era mais que suficiente para matar no nascedouro qualquer atrevimento esboçado pelos bandidos do narcotráfico. Nesta quinta-feira, dois telefonemas reduziram a farrapos outra fantasia do Brasil do faz-de-conta.

Depois de alguns dias de silêncio, Lula e Dilma ligaram para conversar com Sérgio Cabral sobre o drama que apavora o Rio e assombra o país. Nem o atual nem a futora presidente ofereceram a ajuda da Força Nacional. Ofereceram votos de solidariedade. O país inteiro descobriu que o exército fantasma do Planalto só entra em combate na guerra eleitoral.

Uma última interrogação intriga milhões de habitantes da zona conflagrada. O presidente autopromovido a Pacificador do Universo já se ofereceu para resolver a crise do Oriente Médio e para reaproximar o Irâ atômico do resto do mundo. O que é que há com Lula que não se oferece para acabar com a batalha do Rio?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar" - Então tá, né?

O Yahoo Notícias é mais lulista que a TV Brasil. Mas senti uma ironia - amarga - ao ler este trecho: http://br.noticias.yahoo.com/s/25112010/83/bandidos-continuam-realizar-ataques-no-rio.html

***

<em>Em Botafogo, um carro foi incendiado na Rua Jornalista Orlando Dantas. Por volta de 1h, dois rapazes atearam fogo num Clio Sedan que estava estacionado. O proprietário do veículo, o empresário Marcondes Valois, 45 anos, disse na delegacia que estava dormindo, e acordou com o barulho da explosão:

- Liguei para a portaria e disseram que tinha um carro pegando fogo. Quando desci, vi que era o meu. Comprei o carro há dez dias, e não estava no seguro.

O empresário revelou que há dois anos sofreu assalto na Linha Amarela. Na ocasião, foi baleado no braço esquerdo. Ele falou sobre a sensação de insegurança na cidade:

- É uma sensação de pés e mãos atados. Não temos o que fazer, está fora de controle. É o remédio amargo que teremos que tomar. E o meu está sendo ainda mais amargo. Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar. O trabalho que a PM está fazendo (UPPs) é para melhorar. E vai melhorar - disse Marcondes, se referindo às instalações de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).</em>

***

"E vai melhorar" - Então tá, né? Hum... ele já foi assaltado, baleado, tem um carro zero sem seguro incendiado (mesmo que estivesse, segurados não cobrem tumulto civil) e ainda acredita que as tais UPPs vão resolver? Amigo, não resolveu há dois anos que você sofre feito um cão na mão da bandidagem, vai resolver agora?

"Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar" - Acho que ele fez uma analogia com a quimioterapia, que detona o paciente para o curar do câncer. Infelizmente, aumento na violência não é sinal da cura, mas do alastramento do câncer.

Valois, Valois, Valois! Os bandidos dão uma de Carlos IX com você e ainda acha que sistema está funcionando?

Celebrar com a desgraça é coisa de petralha!

Pobre população carioca! Pobre! Estão pagando um preço amargo por crer nas doces ilusões de Cabral e Dilma.

Quem se delicia com desgraça alheia é o PT. Se fosse em São Paulo, estariam celebrando. Como celebraram - que o diga Lula na sua entrevista recentes aos áulicos da esgotosfera - que o acidente da TAM em Congonhas não foi responsabilidade direta do governo. Indireta foi, se houvesse mais segurança naquele aeroporto ou se houvesse um aeroporto mais decente para a primeira cidade do Brasil.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pobres cariocas, longe de Deus, perto do Cabral

Deu-me um peso na consciência pela frase final do post anterior. Quando o PCC aterrorizou São Paulo pelos interesses do PT, muito petralha também pensou: "bem feito para os paulistas, quem mandou votarem em tucanos!". Mea culpa, leitores, por ter repetido pensamento bovino semelhante!

A diferença é que em São Paulo bandido é preso. Este negócio de UPP do Sérgio Cabral é história da carochinha.

A cláusula que Cabral se esqueceu

Sérgio Cabral deve ter se esquecido de cumprir alguma cláusula no seu contrato com seus apoiadores para sua brilhante reeleição em primeiro turno. Alguma coisa ele não entregou e está sendo cobrada pelos donos do Rio.

A população carioca sofre... mas por outro lado, eles votaram nele, não é?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mercado aéreo: A questão que não aterriza

Quem tem estômago, leia a entrevista do presidente da TAM reclamando da falta de infraestrutura:

http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1991761&path=/investimentos/

O caro Bologna taxia a questão, circula o VOR e não aterriza. De quem é a culpa? Do governo. O potentado Tâmico dá um belo diatribe retórico e evita colocar o dedo na ferida. Também, as Cias. Aéreas tem de se ajoelhar para Dilmas e Erenices, muitas cobras gestadas na Anac. Volta e meia tem de se ajoelhar também na justiça (ainda que moral), quando seus aviões transformam-se em piras funerárias.

De quem é a culpa do gargalo de Infra? Do governo, ora bolas! E de educação? Haddad e o terceiro Enem queimado com a palavra... Mas vai um empresário hoje em dia dizer isto, ainda mais de Cia. Aérea.

Em tempo, demanda alta e baixa oferta, apenas gerarão aumento nas tarifas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Preparando-se para a censura

Lembram-se quando os jornais censurados publicavam receita e poesia?

Querendo arrumar confusão com um eleitor da Dilma, enviei uma recriminação à política inflacionária que D. Dilmão quer implantar.

Ele respondeu comentando sobre as obras de Aleijadinho. Tudo bem, eu gosto mesmo. Mas que lembrou a censura, lembrou.

Ele está se preparando bem para os tempos que hão de vir.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FORA LULA

Chega, Lula, chega, não agüentamos mais vc. Some, sai dos holofotes.

Deixa o poste que endossaste com as próprias pernas!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Da graça????

Maria Caveirão, Maria "da Graça???" Foster!

De graça nada, muito cara para a Petrobrás!

#End

sábado, 13 de novembro de 2010

Como Caiado fez cair minha ficha (de novo, de novo e todo dia esta ficha cai)

Disse Ronaldo Caiado (apud Veja)

"Um partido de ser oposição ser negociado, vendido. É fazer o jogo daqueles que capitulam, como na Venezuela. Entregar a oposição apenas para 53 parlamentares do PSDB, que nunca foi um partido de oposição. O partido de oposição acirrada é o Democratas. Matar o partido é calar a oposição no Brasil. Isso é muito grave. Não é um assunto interno do Democratas, é um assunto da sociedade brasileira. Todo brasileiro deveria repudiar essa atitude. "

A frase "PSDB, que nunca foi um partido de oposição" é lapidar. Verdade verdadeira.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Edir Macedo ainda há de comprar o SBT

Falso profeta é o Tiririca! Pior que tá, sempre pode ficar!

Eu acho que Edir Macedo ainda há de comprar o SBT...

O reerguimento do DEM

Texto de Reinaldo Azevedo:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, recebeu nesta quinta um grupo de lideranças de peso do partido para um almoço em sua casa. Estiveram presentes Jorge Bornhausen, presidente de honra, os senadores Demóstenes Torres (GO) e Kátia Abreu (TO), os deputados Paulo Bornhausen (SC) e Índio da Costa (RJ) e Guilherme Afif Domingos, vice-governador eleito de São Paulo. Qual o objetivo? Reerguer o partido. É consenso que, na atual marcha, o DEM definha.

Kassab mantém conversações com o PMDB? A essa altura, essa interlocução já é pública e é conduzida por Michel Temer, vice-presidente eleito. Uma eventual fusão com o PMDB agradaria a muitas lideranças da legenda, que encontram em seus respectivos estados mais facilidades de composição com esse partido do que com o PSDB, com quem outros tantos gostariam de se juntar. Com um PSDB qualquer? Não! Só se for com o de Aécio Neves, senador eleito de Minas. Bem, qual é a natureza então do imbróglio? Reerguer, fundir com um ou fundir com outro?

A prioridade do grupo que almoçou nesta quinta é mesmo reerguer, lançar candidatos a prefeitos em todas as cidades que contarem com horário político na TV para dar visibilidade ao partido e caminhar para uma candidatura própria à Presidência da República. Mas, para isso, entendem que precisam disputar, segundo as regras do jogo, o comando do partido, hoje presidido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ), que conta com o apoio dos deputados ACM Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), e lhe dar vida nova. Há quem considere que, dada a trilha atual, o partido perde qualquer autonomia e se torna ou um apêndice da eventual pretensão presidencial de Aécio ou um celeiro para adesões feitas no varejo pelas grandes legendas.

E se esse reerguimento falhar? Bem, aí tudo indica que ninguém leva o DEM de porteira fechada. A "opção PMDB" está dada não apenas para Kassab, mas também para muitos outros líderes, e haverá certamente quem prefira o PSDB ou outra legenda qualquer. A questão, pois, é menos de fusão com este ou com aquele do que de dissolução — e cada um, então, que procure o seu rumo.

O DEM e a democracia
Quem lucra com o eventual desaparecimento do DEM ou com sua redução à expressão mínima, cumprindo uma predição de Luiz Inácio Lula da Silva? A resposta é esta: NINGUÉM — a não ser aqueles que eventualmente ficassem com o espólio do partido, enquanto esse ativo durasse ao menos — o que, no Congresso, corresponderia ao período de uma legislatura. Em muitos estados, lideranças de relevo acabariam sendo coadjuvantes ou de tucanos ou de peemedebistas.

O Brasil que está aí pede lideranças fortes e vigilantes de oposição. Motivos para tanto existem — eu mesmo fiz o elenco de alguns temas que pedem essa vigilância: olhem para o escândalo financeiro do Panamericano; reflitam sobre os absurdos contidos na MP do Trem-Bala… Mas, para tanto, é preciso que exista um partido organizado para atuar. Se a lógica for a da subordinação a quem quer que seja ou a da lenta dissolução, então é melhor mesmo que cada um siga o seu rumo.

Acho que é isto: ou se reergue ou acaba. Que aconteça o melhor! Por mais absurdo que pareça dizer isto, num momento em que a maioria governista no Congresso é esmagadora, o campo para a oposição raramente foi tão fértil — e assim será, acreditem, nos próximos anos. O maior ativo do DEM é a sua independência. Mas ela tem de ser exercida de forma maiúscula e clara.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Indio da Costa confirmou - DEM não se mistura ao PMDB

Falei com Índio da Costa, ele confirmou que a fusão do DEM com o PMDB é boato

Ora, leitores, tb sou um cara bem relacionado!

Parafraseando Homero: "Leões e ovelhas tem inimizade eterna, nunca aliança"

O DEM é a única oposição que existe!

A presidente eleita, Dilma Rousseff, teve a oportunidade, nesta quinta-feira, de dar uma demonstração ao país que pretende fazer um governo sério. Mas, perdeu mais esta oportunidade. Em coletiva à imprensa concedida em Seul, Coréia do Sul, ela preferiu defender aumento de salários para seus futuros ministros a comentar a grave crise que o sistema financeiro brasileiro enfrenta, por causa do Banco Panamericano. A Nação está apreensiva com a sequência de erros, mal-entendidos e explicações rotas sobre o socorro que o Banco Central deu à instituição financeira pertencente ao empresário Silvio Santos.

Mais que uma corriqueira trapalhada do governo do PT – mais uma -, estamos diante de uma séria ameaça ao sistema financeiro, que pode estar mais vulnerável que os responsáveis pela política econômica do país querem nos fazer acreditar. O momento exige mais que o já tradicional jogo de empurra ou de mais um round na briga entre Ministério da Fazenda e Banco Central, com o primeiro passando toda a responsabilidade para o segundo. O episódio guarda pontos que exigem explicação especialmente da presidente eleita. Por que a Caixa Econômica Federal comprou participação em um banco já em processo de risco? Por que o caso, conhecido pelas autoridades monetárias e financeiras do país desde junho deste ano, somente veio a público após as eleições? Por que a única manifestação do presidente que está deixando o cargo sobre o assunto foi para dizer que não tratou da questão quando concedeu audiência ao proprietário do banco, em pleno
desenrolar do primeiro turno das eleições deste ano?

Os votos que recebeu nas urnas não eximem Dilma Rousseff de responsabilidades perante a Nação - ao contrário. Não foi para nomear cabeleireiras e massagistas, ou para recriar a CPMF, que ela foi eleita. Os Democratas, no papel que lhes cabe como Oposição, e na defesa da agenda da sociedade, exigem da presidente eleita um posicionamento imediato e consequente sobre este delicado tema.

Paulo Bornhausen
Líder dos Democratas na Câmara dos Deputados

Fusão e Fudição

Se o DEM se fundir ao PMDB, estamos fundidos. Ai sim acaba a ultima esperança de oposição

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mea culpa

Mea culpa deve ser dado

Aecio negou terminantemente que estivesse pleiteando a presidencia do Senado. Mas uma da central de boatos do Lulo-petismo. É PIG - PARTIDO DA IMPRENSA GOVERNISTA

Como disse o Reinaldo Azevedo (em outro assunto, é verdade): "E há um monte de jornalista tonto ou
mau-caráter fazendo o servicinho para o PT. Como sempre."

O que me irrita é que até eu caio nessa as vezes. Por outro lado, O boato não seria crível se Aécio não tivesse feito esta fama de abandonar os aliados em troca de seu projeto pessoal de poder...

Notícia plantada

"Não postulo e não serei presidente do Senado" (do Estadao)

Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso. No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.

"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento", afirmou Aécio. (…) "Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum."

sábado, 6 de novembro de 2010

A lição de Maquiavel que o PT nunca se esquece

Ainda explicando porque o PT nunca vai dar poder real para Aécio, vale a máxima de Maquiavel, que o PT nunca falhou em cumprir - nem a máxima em ser válida

"Quando alguém é causa do poder de outro, frequentemente se arruina"

A Presidencia do Senado nunca ira para as mãos do PSDB com votos petistas. Nunca. Nem em sonho. Jamais. Desistam. O PT não é trouxa o bastante. E porque não é trouxa, ficará 12 anos no poder (no mínimo!)

http://diadaira.blogspot.com/2010/11/ai-aecio-da-um-drama-grego-voce.html

Ai, Aécio! Dá um drama grego você!

Lula conhece muito bem a ambição que move Aécio. E sabe mexer com ela direitinho.

Aécio, cego em sua compreensao que sobreviverá ao holocausto do PSDB, acha que por algum momento o PT vai dar um miligrama de poder a ele, permitindo ser presidente do Senado? Sera que o PT é tao amador assim que não pensa a possibilidade de um Aécio turbinado se voltar contra ele??? Se os petistas entregaram um domesticado Hélio Costa às feras, o que não farão com um oposicionista de berço? (Quer dizer: De nome. Os votos Lulécio e Dilmasia não mentem)

LÓGICO que Aécio não será presidente do Senado. Mas o próprio convite faz o desejo do PT, jogando tucano contra tucano, oposição contra oposição. O jogo é tão claro, tão lógico!

Aécio... veja Ciro Gomes como acabou e aprenda!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!! - 2

Escrevi em 09 de setembro de 2009.
Repito. Repito. Repito.
É isto mesmo.
E aconteceu.
Que pena.

***

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!!
do O Dia da Ira

O imperador Tibério exclamava quando saia do Senado. Na transição da Roma Republicana e Livre para a Roma Imperial, o senado que poderia facilmente depos o sucessor de Augusto e refundar a República se quisessem

Mas não... Cada vez mais o bajulavam e se atiravam aos seus pés nas mais degradantes manifestações. Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!! Até mesmo Tibério dizia

Vejo isso hoje em dia. A criminalização de quem não pensa com o rebanho. Que se dane o que todos dizem. Isso não faz nem a verdade nem a moral. E não me ousem criminalizar porque não vou com o rebanho.

Nem Deus me obriga a força a obedecê-lo, porque obedecerei a força a opinião alheia, nem que seja da maioria?

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!!

CPMF - O Fred Krugger do Lulismo

Sim, é o Fred Krugger do Lulismo. Sempre diz "Eu voltarei" para nos assombrar.

Quando vejo minha conta corrente, fico tão feliz e aliviado por não ter mais CPMF... no Brasil, redução de impostos é bom demais para ser verdade.

Porra, Anastasia, vai para aquele lugar... apoiar isto?!! Chamem o Alckimin e o Beto Richa! Eis governadores tucanos que tem culhões!

Lulismo? Já é hora de dar a Lula o olvido da História, que ele merece. Diria Dilmo-petismo? Dilmismo mesmo?

Anestesia

O que deu na cabeça do Anastasia? Que jirico! Apoiar a CPMF! Que asnada!

E entre a oposição, Aécio consolida-de com a fama de traíra. A relação deste escriba com Aécio é de amor e ódio. "I want to believe" on him. Mas ta duro, ih, tá duro...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dá-lhe, DEM!!!

Nota Oficial do Democratas:

A Liderança dos Democratas na Câmara dos Deputados repudia veementemente a possibilidade de recriação da CPMF, o famigerado Imposto do Cheque. Seguindo ordens, inspiradas no capricho vingativo do atual Presidente da República, a presidente eleita, Dilma Rousseff, está convocando os governadores de sua base aliada para assumirem o movimento pela volta do imposto que o povo brasileiro derrubou. A continuidade prometida durante a campanha está privilegiando as piores características deste governo federal, a falta de competência para gerir os recursos públicos e a gana pela cobrança de impostos. O aumento da IOF - logo após o fim da CPMF - e o constante aumento da arrecadação de impostos alimentaram os cofres públicos com mais recursos do que os gerados pelo Imposto do Cheque. A solução para o caos da saúde pública do Brasil está na regulamentação da Emenda 29 e na profissionalização da gestão. Os Democratas não permitirão que o
povo pague a conta da eleição. Conclamamos a Oposição, no Congresso e no Legislativo e Executivo estaduais, e toda a sociedade para impedir mais esse descalabro do governo do PT.

CPMF nunca mais.

Paulo Bornhausen
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados

FALA, OPOSIÇÃO!

O trabalho da oposição começa hoje, afirma líder do DEM.
PAULO BORNHAUSEN, apud Coturno Noturno

Os três principais tópicos dos debates ocorridos nestas eleições de 2010 -aborto, corrupção e privatização- deixaram em aberto para o Brasil que surge das urnas discussões fundamentais para entendermos o país da forma que a nação e o povo brasileiros exigem. Cada tópico desses é apenas uma ponta de imensos icebergs que, por anos, a hipocrisia eleitoral e a conveniência do governar para manter o poder mantiveram submersos.

A forma como se comportou o presidente Lula é um caso à parte. Lula será julgado pela história e ficará na memória do país apenas pelo mal que fez à moral, às instituições, à formação dos jovens, à política e à República. O melhor para o Brasil, agora, seria ele demonstrar amadurecimento e entender que seu tempo acabou.

O falso debate sobre privatizações, com foco na Petrobras e no pré-sal, serviu apenas para que os graves desafios que se apresentam para a economia do país não viessem à tona. A campanha eleitoral transcorreu paralelamente a uma grave crise cambial que, para o Brasil, tem ligação estreita com o desastre que foi a política externa nos últimos oito anos.

A crise de 2008 promoveu uma necessidade de fortalecimento da globalização da economia. Do grupo dos Brics, apenas o Brasil não percebeu isso -ou não quis, por ideologia, perceber. Não é por acaso que o governo Lula coleciona o maior número de derrotas nas disputas por cargos em entidades internacionais, sendo a última na União Internacional de Telecomunicações, setor elevado em todo o mundo e vital para o desenvolvimento do planeta.

E, no falso debate sobre privatizações -instrumento da economia moderna que, no caso do Brasil, só se revelou exitoso, como com CSN, Vale e telecomunicações-, o que é oferecido ao brasileiro? Um discurso ideologicamente infantilizado, extemporaneamente nacionalizado, economicamente equivocado e desastrado. Que tipo de esperança pode-se depositar nos autores desse discurso quanto aos rumos da economia e ao desenvolvimento do país?

O trabalho da oposição começa hoje. O que se pode esperar de governo que rejeita a receita que o mundo todo está aplicando para reorganizar a economia -cumprimento de metas fiscais, não a utilização de esquemas extraorçamentários que simulam a normalidade; redução de gastos públicos, com consequente diminuição dos juros.A receita também inclui redução dos impostos e a implantação de justiça fiscal; a racionalização da gestão administrativa, com o funcionamento de um Estado adequado, eficaz. E é urgente também entender o alarme que o brasileiro deu aos políticos e governantes do país. O brasileiro é religioso e dá muito valor a isso. É conservador e forma sua família por essa régua. O brasileiro não é culturalmente corrupto; essa cultura está no poder. O brasileiro, culturalmente, é honesto e tem caráter -e deu mostras de que está cansado de ser governado por quem despreza a honestidade e abraça a corrupção.

PAULO BORNHAUSEN, deputado federal (DEM-SC), é líder dos Democratas na Câmara dos Deputados.

44%, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E NÃO APENAS 3%, LHE DISSERAM “NÃO!!!”

Grande texto do Reinaldo Azevedo, que deve ficar aqui como referência

***

44%, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E NÃO APENAS 3%, LHE DISSERAM "NÃO!!!"
do Reinaldo Azevedo


Ah, a petralhada gostaria de me ver arrancando os cabelos, agora que os tenho, desesperado, a esmurrar as paredes! De fato, é não me conhecer. Trabalhei e produzi ontem normalmente, apesar de alguns percalços de ordem pessoal, quase inteiramente superados, e que nada tiveram a ver com as urnas. Ao contrário! Estou frio como uma lâmina para pensar e com o coração sempre quente para escrever, hehe. Morno, como disse no texto de ontem, jamais! Há dias, Lula, repetindo o seu blogueiro pançudo, dizia que os 3% que acham seu governo "ruim ou péssimo" deveriam estar no "comitê de certo candidato". A isto Lula gostaria que a oposição estivesse reduzida: a 3%!!! Ele bem que tentou! Mas não! Nas urnas, ela se revelou 44% dos que foram votar. A oposição fez ainda 10 governos estaduais — 8 do PSDB (Paraná, São Paulo, Minas, Goiás, Tocantins, Alagoas, Pará e Roraima) e 2 do DEM (Santa Catarina e Rio Grande do Norte) . Governará 52,3% da
população e bem mais da metade do PIB.

O presidente dos "83% de ótimo e bom" — que era, na verdade, quem disputava a eleição, já que Dilma fez questão de não existir — obteve 55% dos votos totais nas urnas, correspondentes a 41% do eleitorado. Como demonstrei em outro post e está historicamente provado, a esquerda leva sempre um terço do eleitorado pelo menos. Esses números dão conta do real poder mágico de Lula. O PT elegeu 5 governadores — Acre, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia e Sergipe. Os outros 12 "governistas" são do PMDB (5), PSB (6) e PMN (1). A oposição, se quiser ser oposição, está viva e pode respirar muito bem. Só precisa parar de errar — e alguém poderia dizer: "É aí que mora o problema!" Sim, é aí. Dilma Rousseff terá uma maioria folgada na Câmara e no Senado, garantida, como sempre, pelo PMDB — e é aí que mora o problema dela.

De saída, cumpre notar que este, definitivamente, não é um país que vota com a esquerda coisa nenhuma! Não é de esquerda o Congresso e não são de esquerda — nem mesmo essa esquerda petista — a esmagadora maioria dos governadores. O PT exerce a hegemonia na grande aliança em razão da força pessoal de Lula e do aparelhamento do estado e de sindicatos, base de sua, digamos, força material. Para levar adiante o "Projeto Dilma", o partido teve de ceder os anéis em muitos estados, dividindo o poder com o PMDB e com o PSB. Os dois partidos logo estarão se batendo pela divisão do butim. Os ditos "socialistas" cresceram no Parlamento e elegeram seis governadores: 4 no Nordeste (Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco), 1 no Norte (Amapá) e 1 no Sudeste (Espírito Santo). Lula está doidinho para fundir a legenda com o PT. Eduardo Campos, governador reeleito de Pernambuco e líder inconteste do PSB, não deve ser tolo: de chefe de um
grupo com razoável poder de pressão, passaria a ser um não-petista no PT. Seu projeto presidencial já estará na rua no dia 2 de janeiro de 2011— no mínimo, para negociar.

Assim, o PT não sai das urnas como o partido que faz o que bem entende, nem Lula se sagra como o demiurgo palpiteiro que, mesmo fora da Presidência da República, decidirá os destinos da nação. Dilma poderá se aconselhar com ele quantas vezes quiser, mas sabe que sua influência será limitada. "Mas e a dos governadores, Reinaldo, é assim tão grande? Não é o Congresso que conta?" Mais ou menos.

Deputados federais paulistas e mineiros, para citar dois estados com bancadas grandes, ainda que petistas ou governistas, sabem que não convém entrar em choque com os respectivos governadores — essa questão será especialmente candente caso Dilma queira, de fato, fazer uma reforma tributária. Se os 10 da oposição conseguirem — e eu sei que é difícil — um consenso mínimo (em vez de ficarem se estapeando, o que Dilma adoraria) —, o tamanho da oposição no Congresso perde um pouco de importância. Desde logo, teriam de criar uma espécie de fórum permanente para discutir as questões que dizem respeito a seus respectivos estados.

Os 43,7 milhões
Outra questão muito relevante a ser considerada são as condições em que a oposição obtém esse número de votos, reduzindo em mais de 10 pontos a diferença na comparação com 2002 e 2006. O jogo, desta feita, foi muito mais pesado. Lula e a máquina que ele mobilizou no subjornalismo não tiveram limites. Ele despiu-se completamente do decoro — ainda ontem, falou mais um absurdo (veja abaixo). Seus aliados naquela variante do crime que se confunde com imprensa trilharam cada palmo da abjeção. A estrutura do estado foi mobilizada para eleger a sua criatura eleitoral. Manifestou-se de diversos modos: quebrando sigilos e impedindo ou procrastinando a investigação; escalando ministros de estado e chefes de estatais para falar como líderes de facção; organizando a agenda do governo e das empresas públicas para produzir factóides eleitorais. O auge da manipulação foi o anúncio, obviamente apressado, da descoberta de uma "nova possível
quem sabe provável é bem capaz" reserva de petróleo no pré-sal dois dias antes da eleição. Fez-se ainda profissão de fé na mentira, com o fantasma ressuscitado das privatizações — a que a campanha do PSDB, é fato, respondeu, de novo, de modo desastrado, o que não retira o caráter vigarista da acusação.

Pois bem, ainda assim, apesar de tudo isso, a despeito de toda sem-vergonhice, de um constrangedor endeusamento da figura de Lula, que tocou as raias do ridículo, nada menos de 44% dos eleitores que compareceram às urnas disseram "NÃO". E esse "NÃO" FOI DITO A LULA, NÃO A DILMA. Os petistas confundiram — e, infelizmente, o marketing eleitoral da oposição também (e pela segunda vez) — a aprovação ao governo Lula com uma carta branca para ele falar o que bem entende, fazer o que entende, eleger quem bem entende. O petralha assanhado logo dirá: "Ué, mas elegeu Dilma, não foi?" Foi, sim! Mas a que expedientes recorreu para isso? Até onde teve de descer? Quanto teve de gastar de recursos públicos — arreganharam-se os cofres — para lograr o seu intento? E tudo isso para que, no fim, a campanha convergisse para o terrorismo. Lula teve de renunciar a todos os princípios do republicanismo e do decoro para que 6,05% dos
eleitores lhe garantissem a vitória. A distância de 12 pontos numa polarização tende a esconder a margem relativamente estreita de seu triunfo.

Mar de votos. O que fazer?
Os oposicionistas saem desse pleito com um mar de votos. E votos, insisto, qualificados porque conseguiram resistir a todas as vagas da empulhação e à mais desonesta campanha eleitoral a que assisti desde a redemocratização — ou antes, desde a eleição direta para os governos de estado, em 1982. Muitos podem até apoiar o "Lula presidente", mas não aprovaram o "Lula cabo eleitoral".

Se as atuais oposições optarem por se opor apenas nos seis meses finais de 2014, serão jantadas de novo pelo petismo — afinal, Lula estará dando sopa, em busca de emprego. Pode-se apostar que dificuldades virão pela frente, inclusive no cenário internacional, e que Dilma acabará fazendo bobagem. Mas essa é sempre uma aposta arriscada. As oposições, nas democracias, devem se preparar para disputar com adversários bem-sucedidos. Opor-se não é sinônimo de dizer "não" apenas; também é sinônimo de alternativas, pelas quais se deve brigar, procurando mobilizar pessoas e correntes de opinião. Mais: precisa estabelecer uma agenda e um conjunto de valores em nome dos quais vai lutar.

Por mais estranha que possa parecer a proposta, e sei que parece, o primeiro passo do PSDB, reitero, é mergulhar na sua própria história para recolocar os fatos no seu devido lugar. Não pode mais continuar seqüestrado pelo PT. No ano que vem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz 80 anos. As oposições, os 44 milhões que não se deixaram levar pela estupidez de que ele foi um mau presidente e os que têm apreço pela história devem-lhe mais do que um desagravo; devem-lhe a verdade: fundou as bases do Brasil viável. Sem esta "volta para o futuro", quem não tem futuro é o PSDB porque fica sem passado.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Teremos oposição?

Ae, PSDB e DEM, seremos oposição mesmo?
Ou vai ser Lula lá 2014?

Menos Aécio, mais Anastasia

Aécio saiu apequenado desta eleição. Sei que FHC discorda de mim. Não ter conseguido dar votos para Serra apenas significa:

a) É um traíra
b) É incompetente

Ambas opções não são boas. E Anastasia? Tem um diabo no meu ouvido me soprando que é mérito de Anastasia a sua própria eleição

Alckmin cresceu mais uma vez, ganhando SP - de longe o estado mais importante - no primeiro turno.

Agora irá o PSDB se comportar como oposição de verdade? Desde o primeiro dia?
Quem viver verá

FORA DILMA!!!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Fracasso de Aécio Neves

Aécio fracassou. Não conseguiu em Minas os votos para Serra. Fracasso. Melancólico fim terá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Senado: danou-se

Se eu tive dificuldade para achar dois candidatos a senador, imagine o povão...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

(P)ANAC: Dois pesos e duas medidas

O mundo cai em cima da Webjet com seus parcos 5% de mercado, e crescendo.
A Gol com 40% do mercado fez muito pior e nem Ministério Público, nem Anac moveram uma palha.
A Gol é amigona da Dilma Rousseff, Erenice Guerra e compadre Roberto Teixeira, não é a toa que levaram a Varig num negócio pra lá de excuso.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As urnas...

Para quem viola sigilos da receita...
... por que não fraudar urnas eletrônicas?!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enc: ESCOLHA O SEU...( c/ foto)

Se vc não tinha candidato para a próxima eleição, agora basta escolher na lista abaixo.
 

ESTE É O NOSSO BRASIL
Vamos ver alguns candidatos para a próxima eleição:

No Esporte:

Acelino Popó Freitas (PRB-BA)- O boxeador concorre a deputado estadual
Maguila (PTN-SP)- Ex-boxeador,quer ser deputado federal
Marcelinho Carioca (PSB-SP)- Ex-jogador, concorre a deputado federal
Romário (PSB-RJ)- Ex-jogador, busca uma vaga na Câmara Federal
Vampeta (PTB-SP) - Ex-jogador, concorre a deputado federal
Fabiano (PMDB-RS) - Ex-atacante do Inter, é candidato a deputado estadual
Danrlei (PTB-RS) - Ex-goleiro do Grêmio, concorre a deputado federal

Na Música:

Gaúcho da Fronteira (PTB-RS) - Músico concorre a deputado estadual
Kiko (DEM-SP) - Membro do grupo KLB, concorre a deputado federal
Leandro (DEM-SP) -
Integrante do KLB, concorre a deputado estadual

Faltou o Bruno... aí poderiam até lançar um novo partido chamado KLB. O que mais tem nesse país é gente safada e partido político!!!

Netinho (PCdoB-SP) - Cantor do grupo Negritude, concorre a senador   (Aquele que bateu na mulher, lembram?)
Reginaldo Rossi (PDT-PE) - Cantor, concorre a deputado estadual
Renner (PP-GO) - Integrante da dupla Rick&Renner, concorre ao Senado
Sérgio Reis (PR-MG) - Cantor e ator, concorre a deputado federal
Tati
Quebra-Barraco (PTC-RJ) - Funkeira, concorre a deputada federal

Na Televisão:

Ronaldo Esper (PTC-SP) - O estilista quer ser deputado federal
Pedro Manso (PRB-RJ) - Humorista, disputa na vaga na Assembleia Legislativa
Dedé Santana (PSC-PR) - Humorista, quer ser deputado estadual
Tiririca (PR-SP) - Humorista, disputa uma vaga na Câmara Federal
Batoré
(PP-SP) - Humorista, quer uma vaga na Câmara Federal

No Pomar:

Mulher Melão (PHS-RJ) - Cristina Célia Antunes Batista concorre a deputada federal
Mulher Pera (PTN-SP) - Suellen Aline Mendes Silva quer ser deputada federal

Partidos buscam famosos para eleições em 2010
(Essa é a Política Séria do Nosso País)
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI3726095-EI7896,00-Partidos+buscam+famosos+para+eleicoes+em.html

Prestem atenção no Grau de Instrução da grande maioria, principalmente da mulher Pêra