quinta-feira, 24 de maio de 2012

Asnadas de Marcelo Rubens Paiva refutadas

Marcelo Rubens Paiva só escreve asnadas na sua coluna no Estadão, que vai solenemente forrar o cantinho do xixi dos cachorros toda semana.
Eis uma excelente refutação publicada no tambem excelente blog do Conde Lopeux de uma de suas asnadas mais dementes. 
Parabens, caro Conde, continue a combater o bom combate.

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A imprensa brasileira decai a olhos vistos. Meu amigo blogueiro Klauber Pires me envia um artigo, publicado no Estadão, de um jornalista que se identifica como um homem de "pequenas neuroses cotidianas". É Marcel Rubens Paiva. Ele é famoso por duas coisas, que são credenciais elevadas para os esquerdistas: uma, porque o pai, um político esquerdista, desapareceu na época do regime militar. E outra, porque ficou paralítico, quando drogado, se jogou no mar e bateu com a cabeça numa pedra. Entretanto, essas credenciais não dão o direito ao jornalista de mentir. O seu último artigo, "2 lados", publicado no dia 17 de maio de 2012, a respeito da famigerada "Comissão da Verdade" , que supostamente se propõe a investigar os crimes do regime militar, é uma falsificação digna da cultura do realismo socialista. Ou mais, reflete uma mentalidade stalinista perene da militância de esquerda, quando a questão é ter o monopólio da opinião sobre a realidade. Vamos analisar as falácias desonestas do texto de Marcelo Rubens Paiva:

 "Imagine no Tribunal de Nuremberg a cena: Líderes e participantes da Resistência Francesa como réus ao lado de nazistas, oficialato da SS e chefes de campos de concentração, já que "os crimes" dos 2 lados devem ser julgados. Ou se De Gaulle, depois de entrar em Paris libertando a França em 1944, tivesse de responder num tribunal numa cidadela da Alemanha por seus crimes de guerra. Bom lembrar que a maioria dos membros da resistência francesa, espanhola, italiana e do Leste Europeu era de esquerda, como De Gaulle. Muitos vieram das fileiras do Partido Comunista. Independentemente do ideal, lutavam, arriscavam a vida, na ilegalidade, com ações de terrorismo e sabotagem, para se livrar da tirania nazista. Um guerrilheiro francês de boina, comunista de carteirinha, deve ser julgado pela morte de um soldado nazista?"

É o mesmo paralelo entre DILMA e seu torturador".

O texto já começa com uma falsa analogia para manipular os fatos. Ao distorcer a compreensão dos meandros de 1964, que deram incremento ao contragolpe dos militares contra João Goulart, Marcelo Rubens Paiva inventa uma história fictícia. Os militares brasileiros não eram estrangeiros invadindo uma nação estrangeira, mas membros do próprio Estado, que intervieram na política, justamente para restabelecer a ordem e salvar o próprio país. O Brasil de 1964 não vivia mais numa situação regular de um Estado de Direito. Vivia num processo de subversão pré-revolucionária, quando as próprias esquerdas já preparavam o golpe e se infiltraram nas fileiras do Estado e das forças armadas, quando membros do Partido Comunista incitavam a cabos e sargentos a se rebelarem contra hierarquia militar. Ou será que o Sr. Rubens Paiva vai ignorar que as esquerdas já treinavam a guerrilha no país bem antes do dito "golpe" militar? Ademais, quem está próximo do nazismo é a própria esquerda, já que o Partido Comunista e demais grupos de extrema-esquerda daquela época eram financiados por várias nações comunistas estrangeiras, para destruir a democracia brasileira. Em suma, os militares teriam plena legitimidade para matar os comunistas, da mesma forma que um soldado francês teria plena legitimidade de matar um nazista. Pela simples razão de que as esquerdas cometeram uma traição abjeta contra o próprio país. O paralelo entre Dilma e o "torturador" é o mesmo entre o nazista e o militar que defende a pátria. Dilma estava do lado dos nazistas. A diferença é que ela não tinha o exército de Hitler para apoiá-la aqui. Se tivesse, o Brasil viveria um banho de sangue bem maior do que viveu no regime militar.

 Aliás, Rubens Paiva cria outro mito: a dos comunistas franceses libertadores. Até a invasão de Hitler contra a União Soviética, em 1941, tanto o títere governo de Vichy, como o Partido Comunista Francês apoiavam a ocupação alemã. Os comunistas franceses, obedecendo ao Pacto Ribentropp-Molotov, não tocavam em um fio de cabelo de um soldado nazista. A tal "resistência" só começou a vingar, quando Stálin foi atacado por Hitler. Ou seja, os comunistas franceses não lutavam pela França, mas pela União Soviética. Que grande patriotismo!

 Marcelo Rubens Paiva ainda inventa outra realidade paralela, ao equiparar os mortos pelo terrorismo a nazistas: a grande maioria das vítimas do terror esquerdista, na época do regime militar, era composta de civis. Os próprios militares assassinados, em sua maior parte, eram praças regulares, soldados rasos, policias civis e militares que garantiam a segurança da sociedade e que jamais participaram do esquema de repressão política do regime. A única culpa destes cidadãos era o de usar a farda das forças armadas brasileiras e da PM ou de possuir a carteira da polícia civil. Rubens Paiva apela a uma lógica perversa: criminaliza as vítimas do terrorismo. Mas é normal que um comunista sectário tente desumanizar suas vítimas. Assim, ele joga para o buraco da privada qualquer remorso de consciência. Se é que Rubens Paiva tenha uma! Os terroristas brasileiros não foram heroicos militantes da resistência matando soldados alemães e sim fanáticos criminosos matando civis inocentes da população. Sequestros, homicídios, "justiçamentos", assaltos a bancos, tudo isso afligia ao cidadão comum. Seria muito ingênuo achar que as forças armadas agissem com caridade contra esses celerados.

 "Mesmo, não, parecido. A presidente [ou presidenta, como preferem alguns] não matou ninguém."

 Marcelo Rubens Paiva distorce a realidade, mais uma vez. O grupelho de Dilma Rousseff (que era também o de Lamarca) não somente matava, como fazia clara apologia ao terrorismo. Como assaltou bancos, sequestrou pessoas e estava disposto a matar mais, se tomasse o poder. Dilma era uma das líderes do terrorismo. Se ela atuou diretamente ou não, ao menos, a sua simples participação no planejamento das ações faz dela uma cúmplice de vários crimes. Dilma Rousseff jamais lutou pela democracia. Lutou pela implantação do totalitarismo, que com certeza, mataria muito mais. "E sofreu um tipo de tortura que poucos soldados nazistas conheciam". Não há a menor evidência dessas torturas horríveis alegadas pela "presidenta". Aliás, ela foi julgada por um tribunal militar instituído, coisa que os guerrilheiros recusavam aos seus as pessoas condenadas a morte e "justiçadas", como também aos próprios dissidentes internos da guerrilha.

 "A quantidade de desinformação que tempos nebulosos geraram é tão grande, que 1 dos papeis da COMISSÃO DA VERDADE é justamente o de educar, debater, trazer à luz, informar. Sou suspeito. Assumo".

Que coisa bonitinha! Deve ser o tipo de "educação" que os comunistas fazem em campos de concentração lá nos confins da Coréia do Norte. "Reeducação ideológica", o que, traduzindo em miúdos, é a velha lavagem cerebral. Isso porque Marcelo Rubens Paiva entende o debate como um monólogo. Se o outro lado que fez parte da história não for ouvido, que raios de debate é esse? O jornalista já deu a entender que a outra parte não deve ser ouvida. Até no Tribunal de Nuremberg, os nazistas foram ouvidos e tiveram a possibilidade de se defender. Marcelo Rubens Paiva não consegue esconder o amor que não ousa dizer o nome. Esse nome se chama totalitarismo. Rubens Paiva não é suspeito. É culpado mesmo de delinquência jornalística.

"Mas basta ler alguns leitores comentando o post anterior, para confirmar o quão confusa, desinformada e tola é a discussão em torno do dever de punir torturadores".

Basta ler o que Marcelo Rubens Paiva diz, para confirmar quanta confusão, desinformação e tolices há num texto jornalístico. Dentro da Comissão da Verdade (que bem poderia ser uma "comissão da mentira"), há a hipótese de revogação da Anistia. Só que é uma revogação unilateral. Os terroristas, guerrilheiros, assaltantes de bancos de esquerda teriam plena imunidade pra mentir, desinformar e falsificar a história. Enquanto o outro lado, a dos militares que combatiam essas práticas, seria punido à revelia das leis e da seguridade jurídica.

"Se para a maioria dos juristas e órgãos internacionais [como OEA, ONU, Tribunal de Haia] há uma unanimidade- tortura é um crime imprescritível, e o Brasil deve rever e julgar seu passado- o debate aqui se atola na ignorância e arrogância ideológica".

Tortura é crime, como terrorismo também é crime. Mas é claro, torturar só não é crime, quando há valorosos ideais de esquerda. Aliás, o crime de tortura só se tornou imprescritível perante a Constituição de 1988. Não ampara os fatos ocorridos antes da Carta Magna. Ou seja, a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu. Claro que Marcelo Rubens Paiva ignorou que terrorismo também é crime imprescritível na nossa Constituição. Mas terrorismo em boa causa não conta. Terrorismo, inclusive, dá boa fama aos seus praticantes, quando são comunistas.

 Marcelo Rubens Paiva, ao contestar seus críticos de email, tem outras pérolas:


 "Júlio postou: O você faria se descobrisse que foi a Presidente da República que assassinou seu pai? Se ele fosse chefe da tortura do DOI/Codi, ditador, líder nazista ou fascista? Não sei. Posso pular?"

Na refutação do jornalista asnático, só militares torturadores matam. Só fascistas e nazistas matam. Os comunistas, aquelas criaturas adoráveis que eliminaram cerca de cem milhões de "reacionários" da face da Terra, nunca matam. Ou melhor, matam por uma boa causa. Matam uma boa parte da humanidade, em nome da humanidade. Mas a lógica de Paiva é, no mínimo, curiosa: se os assassinos de seu pai fossem comunistas, talvez ele batesse palmas de alegria, tal como Pavlik Morozov, o garoto fanatizado pela propaganda soviética, na época do holodomor, que delatou os pais ao NKVD. Se os torturadores militares fossem comunistas, quem sabe Marcelo Rubens Paiva os perdoasse, não é mesmo? Alguém fala a ele as seguintes palavras:

 "MB011: Em tempo: NAZISMO = Nacional SOCIALISMO. Nazismo é ideologia de ESQUERDA, durmam com essa. Coloca esses aí na conta junto com os mais de 100 milhões de cadáveres espalhados pelo mundo. Essa é a "verdade" da esquerda. Tão assassinos e psicóticos quanto os nazistas. Salve os militares que nos salvaram dessa desgraça. Esquerda = escória do mundo!

E Rubens Paiva responde: "Sem comentários. Só faltou escrever: ALN, Ação Libertadora Nacional; ARENA, Aliança da Renovação Nacional. Tudo faria do mesmo saco, comunistas safados".

O MB011 tem razão: o nazismo, ou nacional-socialismo, é uma ideologia socialista nascida das fileiras dos grupos sociais-democratas alemães, que romperam com o internacionalismo proletário e apoiaram seus patrícios na primeira guerra mundial. E a propósito: ARENA e Aliança da Renovação Nacional são "fascistas"? Realmente, Marcelo Rubens Paiva macaqueia os mesmos jargões stalinistas criados a partir dos anos 30 do século passado. Não consegue esconder sua mentalidade binária, cheia de primariedades e clichês intoxicados de propaganda comunista. O pior de tudo é que a maioria dos esquerdistas são burros. Eles nunca estudaram a história do fascismo com propriedade, para saberem que tudo é farinha do mesmo saco.

Marcelo Rubens Paiva não consegue responder às críticas. Sempre com aquela ironia boba de quem fala pelos cotovelos, retruca contra outro leitor:


 "Interessante o email dele, vprpalmares at hotmail.com. Corruptela da organização em que Dilma tinha 1 papel secundário, a VAR-Palmares, junção da VPR com Colina, que não funcionou. Rachou meses depois. Não dá pra entender se ele defende a Al-Qaeda, antiamericano, e por que somos burros. Mandou mal, Malino".

Rubens Paiva não é burro. Ele escolhe as respostas mais fracas para refutá-las. Apenas é malicioso e desonesto. Ademais, se por um lado, Dilma Rousseff é vendida como uma heroína que luta contra nazistas imaginários, por outro, ele revela sua artimanha, ao querer relativizar a participação da "presidenta" nos grupos terroristas. "Tinha um papel secundário". Ora, ora, ora, Dilma Rousseff não esbraveja de orgulho, para os seus, que participou de atividades terroristas? E agora Rubens Paiva quer esconder o jogo? Em outra parte do artigo, ele diz:


"Já o leitor Anderson tem uma interessante maneira de entender a História do seu País. Livros? Pesquisa? Bibliotecas? Tá, estou sendo irônico. Uma vítima do nosso falido ensino básico".

 Pelo contrário, ao que parece, Rubens Paiva é vítima do falido ensino básico, que que as nossas salas de aula ensinam as mesmas mentirinhas esquerdistas que ele macaqueia neste artigo. Já é expediente comum dos esquerdistas atribuir aos outros as mesmas falhas que possuem. Rubens Paiva foi feliz em descrever seu espaço para comentar sobre "pequenas neuroses cotidianas". O problema é que a neurose está longe de ser pequena. É um  vício patológico, uma mania louca de projetar defeitos e manias nos outros.

Voltemos à educação pública. Por acaso se é ensinado nos colégios que os militares combatiam os comunistas? Não há a menor dúvida de que uma boa parte dos professores de história repete as inúmeras mentiras marxistas sobre o regime militar de 1964. Entretanto, quem disse que Rubens Paiva passa perto de uma escola pública? Alguém já viu comunista pobre, alguma vez na vida? Não vou me delongar sobre a incapacidade de Rubens Paiva de criticar os seus detratores. Na cabecinha aleijada do sujeito, o mundo se resume às vozes da esquerda, que ele chama de "o povo". Por mais que o povo não seja representado pela intelligentsia esquerdista, Paiva ignora o que o povo pensa. Talvez nem tenha visto nada. Ou melhor, nunca se preocupou com isso. Comunistas iluminados sabem muito mais do que o povo quer.


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