quarta-feira, 30 de maio de 2012

Acorda, Lewandowiski!!!



Texto retirado do blog do Augusto Nunes:

Apaixonado pelo personagem que inventou, Lula embarca na gabolice em reuniões com os companheiros, negociações com aliados ou conversas com o porteiro do prédio onde mora. Graças à loquacidade do falastrão vaidoso, sabe-se agora que o protetor de pecadores assumiu o posto de lobista-chefe da quadrilha do mensalão desde que deixou o Palácio do Planalto. Leia o que escreveu em seu blog, nesta terça-feira, no blog da jornalista Cristiana Lobo:

A preocupação de Lula com o julgamento do caso do Mensalão, conhecida de todos no mundo político, aumentou com a chegada de 2012 – ano do julgamento e, ainda, coincidindo com as eleições municipais nas quais o PT deposita grandes esperanças de crescer, particularmente, em São Paulo, antigo território adversário. Foi a partir daí que ele incluiu o assunto em sua agenda prioritária do ano.Fiel a seu estilo de falar muito e revelar seus passos políticos, mesmo aqueles que exigem maior discrição, Lula contou o desejo de visitar o ministro Ricardo Lewandowiski, ministro-revisor do relatório do Mensalão, um amigo de sua família. E assim fez. No começo do ano, acompanhado do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, ele foi à casa de Lewandowski e, conversa-vai-conversa-vem, chegou ao assunto: quando será julgado o mensalão? Sua preocupação central…Depois dessa conversa Lula passou a explicitar aos amigos políticos grande preocupação com a dificuldade de se deixar o julgamento para o ano que vem, Ele diz abertamente que considera inconveniente o julgamento do caso este ano. Com elogios à casa de Lewandowski, num condomínio chique de São Bernardo, Lula relatou a um aliado a pressão que o ministro vem sofrendo para apresentar logo o seu voto-revisor. E mais: o temor de que essa pressão de opinião pública possa afetar o conjunto do julgamento. Este é Lula. Por bravata ou relatando a realidade, ele conta a amigos os seus passos, até mesmo uns que deveriam ser inconfessáveis, como uma visita a um ministro do Supremo Tribunal Federal no ano do julgamento mais importante para sua história política – o caso que marcou negativamente o seu primeiro mandato. Lewandowski ensaiou negar a conversa com Lula. Mas, diante dos detalhes da conversa – a companhia do prefeito e os elogios à casa – ele sorriu e disse: "ele é amigo da família". De fato, a mulher de Lula, Marisa Letícia, foi amiga da mãe do ministro, falecida ano passado.

É muita desfaçatez. Além de confirmar a essência da conversa de Lula com Gilmar Mendes, o texto  acima reproduzido prova que um ex-presidente da República exerce pelo menos desde janeiro o ofício de achacador de ministros do Supremo. E explica por que Ricardo Lewandowski foi tão longe nas manobras forjadas para adiar o julgamento do mensalão. Se desse mais importância ao Estado de Direito, se soubesse rechaçar o assédio de pedintes influentes, o revisor do processo já teria entregue o relatório há muito tempo. O atraso deliberado resultou no episódio que começa a transformar-se em crise institucional.

O julgamento dos mensaleiros já demorou demais. Caso não cumpra seu dever nas próximas horas, Lewandowski transformará a toga de ministro do Supremo na fantasia que disfarça um ministro do Lula.A exasperante insistência em algemar o tempo e bloquear o avanço da Justiça pode ser a gota que fará transbordar o pote até aqui de náusea.

Um comentário:

  1. Sera que foi Lula chantagear o levandowwisck,O porque de elogiar a mansão do juis,O terreno onde o Juis construiu a mansão era do filho de Lula,rsrsrsrsrsrsrs

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