Fui conversar com uma pessoa para quebrar o gelo que ficara de um comentário mais desastrado. Quando sai da sala dela, missão de gentileza cumprida, cruzei no corredor com meu principal desafeto. Numa reação medular, estanquei e dei uma titubeada, como buscando uma alternativa de caminho. Mas ele percebeu, e percebeu que eu tinha percebido que ele percebera (uau...). Toquei em frente e tivemos de nos cumprimentar. Eu, irritado por que ele percebeu que eu tinha querido desviar dele e pudesse interpretar isso como medo. Ele, porque percebeu meu indefectível desejo de evitá-lo.
Sim, detesto-o. Como Juno que não esquecia a ofensa de Páris, assim sou eu... Até hoje não esqueço das injúrias feitas há anos atrás...
Enfim, se tivesse ficado na minha e não tivesse ido corrigir um erro, não teria errado ao tentar corrigir o erro de cruzar com meu desafeto.
Moral: As vezes queremos consertar e só esmerdeamos mais.
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