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<em>Em Botafogo, um carro foi incendiado na Rua Jornalista Orlando Dantas. Por volta de 1h, dois rapazes atearam fogo num Clio Sedan que estava estacionado. O proprietário do veículo, o empresário Marcondes Valois, 45 anos, disse na delegacia que estava dormindo, e acordou com o barulho da explosão:
- Liguei para a portaria e disseram que tinha um carro pegando fogo. Quando desci, vi que era o meu. Comprei o carro há dez dias, e não estava no seguro.
O empresário revelou que há dois anos sofreu assalto na Linha Amarela. Na ocasião, foi baleado no braço esquerdo. Ele falou sobre a sensação de insegurança na cidade:
- É uma sensação de pés e mãos atados. Não temos o que fazer, está fora de controle. É o remédio amargo que teremos que tomar. E o meu está sendo ainda mais amargo. Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar. O trabalho que a PM está fazendo (UPPs) é para melhorar. E vai melhorar - disse Marcondes, se referindo às instalações de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).</em>
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"E vai melhorar" - Então tá, né? Hum... ele já foi assaltado, baleado, tem um carro zero sem seguro incendiado (mesmo que estivesse, segurados não cobrem tumulto civil) e ainda acredita que as tais UPPs vão resolver? Amigo, não resolveu há dois anos que você sofre feito um cão na mão da bandidagem, vai resolver agora?
"Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar" - Acho que ele fez uma analogia com a quimioterapia, que detona o paciente para o curar do câncer. Infelizmente, aumento na violência não é sinal da cura, mas do alastramento do câncer.
Valois, Valois, Valois! Os bandidos dão uma de Carlos IX com você e ainda acha que sistema está funcionando?
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