Mais que uma corriqueira trapalhada do governo do PT – mais uma -, estamos diante de uma séria ameaça ao sistema financeiro, que pode estar mais vulnerável que os responsáveis pela política econômica do país querem nos fazer acreditar. O momento exige mais que o já tradicional jogo de empurra ou de mais um round na briga entre Ministério da Fazenda e Banco Central, com o primeiro passando toda a responsabilidade para o segundo. O episódio guarda pontos que exigem explicação especialmente da presidente eleita. Por que a Caixa Econômica Federal comprou participação em um banco já em processo de risco? Por que o caso, conhecido pelas autoridades monetárias e financeiras do país desde junho deste ano, somente veio a público após as eleições? Por que a única manifestação do presidente que está deixando o cargo sobre o assunto foi para dizer que não tratou da questão quando concedeu audiência ao proprietário do banco, em pleno
desenrolar do primeiro turno das eleições deste ano?
Os votos que recebeu nas urnas não eximem Dilma Rousseff de responsabilidades perante a Nação - ao contrário. Não foi para nomear cabeleireiras e massagistas, ou para recriar a CPMF, que ela foi eleita. Os Democratas, no papel que lhes cabe como Oposição, e na defesa da agenda da sociedade, exigem da presidente eleita um posicionamento imediato e consequente sobre este delicado tema.
Paulo Bornhausen
Líder dos Democratas na Câmara dos Deputados
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