Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso. No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.
"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento", afirmou Aécio. (…) "Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum."
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