quinta-feira, 31 de maio de 2012
A arquitetura ridícula modernista
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Acorda, Lewandowiski!!!
terça-feira, 29 de maio de 2012
Efeito colateral
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Discurso de Alvaro Dias contra a chantagem de Lula
Se a atitude do ex-Presidente não tem nada de republicana, certamente a denúncia formulada pelo Ministro Gilmar Mendes é republicana. E teve ele o cuidado de imediatamente comunicar ao Presidente Carlos Ayres Britto do Supremo Tribunal Federal o ocorrido. Essa tentativa de chantagear, essa tentativa de manipular politicamente uma comissão parlamentar de inquérito para alcançar objetivos escusos tem de ser repudiada. E é o que pretendemos com uma representação que vamos encaminhar ao Procurador-Geral da República.
Ainda há juízes em Berlim
sábado, 26 de maio de 2012
Lula - Capo di tutti capi
Caras e caros, o que vai abaixo é muito grave. Espalhem a informação na rede, debatam, organizem-se em defesa da democracia. O que se vai ler revela uma das mais graves agressões ao estado de direito desde a redemocratização do país. - Reinaldo Azevedo
Luiz Inácio Lula da Silva perdeu completamente a noção de limite, quesito em que nunca foi muito bom. VEJA publica hoje uma reportagem estarrecedora. O ex-presidente iniciou um trabalho direto de pressão contra os ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros. Ele nomeou seis dos atuais membros da corte — outros dois foram indicados por Dilma Rousseff. Sendo quem é, parece achar que os integrantes da corte suprema do país lhe devem obediência. Àqueles que estariam fora de sua alçada, tenta constranger com expedientes ainda menos republicanos. E foi o que fez com Gilmar Mendes. A reportagem de Rodrigo Rangel e Otavio Cabral na VEJA desta semana é espantosa!
Lula, acreditem, supondo que Mendes tivesse algo a temer na CPI do Cachoeira, fez algumas insinuações e ofereceu-lhe uma espécie de "proteção" desde que o ministro se comportasse direitinho. Expôs ainda a forma como está abordando os demais ministros. Leiam trecho. Volto em seguida.
(…)
Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília. O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: "É inconveniente julgar esse processo agora". O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.
(…)
Interrompo para destacar uma informação importante. Na conversa, Lula insinuou que Mendes manteria relações não-repubicanas com o senador Demóstenes Torres. Quando ouviu do interlocutor um "vá em frente porque você não vai encontrar nada", ficou surpreso. Segue a reportagem de VEJA. Retomo depois:
A certa altura da conversa com Mendes. Lula perguntou: "E a viagem a Berlim?". Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor. Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos. "Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá", disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: "Vá fundo na CPI". O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.
Sabem o que é impressionante? A "bomba" que Lula supostamente teria contra Mendes começou a circular nos blogs sujos logo depois. O JEG — a jornalismo financiado pelas estatais — pôs para circular a informação falsa de que Mendes teria viajado às expensas de Cachoeira. Muitos jornalistas sabem que o ex-presidente está na origem de boatos que procuravam associar o ministro ao esquema Cachoeira. Ou por outra: Lula afirma ter o "controle político" da CPI e parece controlar, também, todas as calúnias e difamações que publicadas na esgotosfera. Sigamos.
Lula deixou claro que está investindo em outros ministros da corte. Revelou já ter conversado com Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão — só depende dele o início do julgamento — sobre a conveniência de deixar o processo para o ano que vem. Sobre José Antônio Dias Toffoli, foi peremptório e senhorial: "Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento". Qual a dúvida? O agora ministro já foi advogado do PT e assessor de José Dirceu; sua namorada advoga para um dos acusados. A prudência e o bom senso indicam que se declare impedido. Lula pensa de modo diferente — e o faz como quem tem certeza do voto. Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos porta-vozes informais do chefão do PT, já disse algo mais sério: "Ele não tem o direito de não participar".
A ministra Carmen Lúcia, na imaginação de Lula, ficaria por conta de Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República: "Vou falar com o Pertence para cuidar dela". Com Joaquim Barbosa, o relator, Lula está bravo. Rotula o ministro de "complexado". Ayres Britto, que vai presidir o julgamento se ele for realizado até novembro, estaria na conta do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos, que ficaria encarregado de marcar a conversa. Leia mais um trecho da reportagem
Ayres Britto contou que o relato de Gilmar ajudou-o a entender uma abordagem que Lula lhe fizera uma semana antes, durante um almoço no Palácio da Alvorada, onde estiveram a convite da presidente Dilma Rousseff. Diz o ministro Ayres Britto: "O ex-presidente Lula me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e completou dizendo que, "qualquer dia desses, a gente toma um vinho". Confesso que, depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela, mas eu mesmo tratei de apagá-la". Ouvido por VEJA, Jobim confirmou o encontro de Lula e Gilmar em seu escritório em Brasília, mas, como bom político, disse que as partes da conversa que presenciou "foram em tom amigável". VEJA tentou entrevistar Lula a respeito do episódio. Sem sucesso, enviou a seguinte mensagem aos assessores: "Estamos fechando uma matéria sobre o julgamento do mensalão para a edição desta semana. Gostaríamos de saber a versão do ex-presidente Lula sobre o encontro ocorrido em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com a presença do anfitrião e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no qual Lula fez gestões com Mendes sobre o julgamento do mensalão". Obteve a seguinte frase como resposta: "Quem fala sobre mensalão agora são apenas os ministros do Supremo Tribunal Fe¬deral". Certo. Mas eles têm ouvido muito também sobre o mensalão".
É isso aí. Não há um só jornalista de política que ignore essas gestões de Lula, sempre contadas em off. Ele mesmo não tem pejo de passar adiante supostas informações sobre comprometimentos deste ou daquele. Desde o início, estava claro que pretendia usar a CPI como instrumento de vingança contra desafetos — inclusive a imprensa — e como arma para inocentar os mensaleiros.
As informações estarrecedoras da reportagem da VEJA dão conta da degradação institucional a que Lula tenta submeter a República. Como já afirmei aqui, ele exerce, como ex-presidente, um papel muito mais nefasto do que exerceu como presidente. O cargo lhe impunha, por força dos limites legais, certos impedimentos. Livre para agir, certo de que é o senhor de ao menos seis vassalos do Supremo (que estes lhe dêem a resposta com a altivez necessária, pouco impota seu voto), tenta fazer valer a sua vontade junto àqueles que, segundo pensa, lhe devem obrigações. Aos que estariam fora do que supõe ser sua área de mando, tenta aplicar o que pode ser caracterizado como uma variante da chantagem.
Tudo isso para reescrever a história e livrar a cara de larápios. Mas também essa operação foi desmascarada. Por VEJA! Por que não seria assim?
Nem a ditadura militar conseguiu do Supremo Tribunal Federal o que Lula anseia: transformar o tribunal num quintal de recreação de um partido político.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Asnadas de Marcelo Rubens Paiva refutadas
"Imagine no Tribunal de Nuremberg a cena: Líderes e participantes da Resistência Francesa como réus ao lado de nazistas, oficialato da SS e chefes de campos de concentração, já que "os crimes" dos 2 lados devem ser julgados. Ou se De Gaulle, depois de entrar em Paris libertando a França em 1944, tivesse de responder num tribunal numa cidadela da Alemanha por seus crimes de guerra. Bom lembrar que a maioria dos membros da resistência francesa, espanhola, italiana e do Leste Europeu era de esquerda, como De Gaulle. Muitos vieram das fileiras do Partido Comunista. Independentemente do ideal, lutavam, arriscavam a vida, na ilegalidade, com ações de terrorismo e sabotagem, para se livrar da tirania nazista. Um guerrilheiro francês de boina, comunista de carteirinha, deve ser julgado pela morte de um soldado nazista?"
É o mesmo paralelo entre DILMA e seu torturador".
O texto já começa com uma falsa analogia para manipular os fatos. Ao distorcer a compreensão dos meandros de 1964, que deram incremento ao contragolpe dos militares contra João Goulart, Marcelo Rubens Paiva inventa uma história fictícia. Os militares brasileiros não eram estrangeiros invadindo uma nação estrangeira, mas membros do próprio Estado, que intervieram na política, justamente para restabelecer a ordem e salvar o próprio país. O Brasil de 1964 não vivia mais numa situação regular de um Estado de Direito. Vivia num processo de subversão pré-revolucionária, quando as próprias esquerdas já preparavam o golpe e se infiltraram nas fileiras do Estado e das forças armadas, quando membros do Partido Comunista incitavam a cabos e sargentos a se rebelarem contra hierarquia militar. Ou será que o Sr. Rubens Paiva vai ignorar que as esquerdas já treinavam a guerrilha no país bem antes do dito "golpe" militar? Ademais, quem está próximo do nazismo é a própria esquerda, já que o Partido Comunista e demais grupos de extrema-esquerda daquela época eram financiados por várias nações comunistas estrangeiras, para destruir a democracia brasileira. Em suma, os militares teriam plena legitimidade para matar os comunistas, da mesma forma que um soldado francês teria plena legitimidade de matar um nazista. Pela simples razão de que as esquerdas cometeram uma traição abjeta contra o próprio país. O paralelo entre Dilma e o "torturador" é o mesmo entre o nazista e o militar que defende a pátria. Dilma estava do lado dos nazistas. A diferença é que ela não tinha o exército de Hitler para apoiá-la aqui. Se tivesse, o Brasil viveria um banho de sangue bem maior do que viveu no regime militar.
Aliás, Rubens Paiva cria outro mito: a dos comunistas franceses libertadores. Até a invasão de Hitler contra a União Soviética, em 1941, tanto o títere governo de Vichy, como o Partido Comunista Francês apoiavam a ocupação alemã. Os comunistas franceses, obedecendo ao Pacto Ribentropp-Molotov, não tocavam em um fio de cabelo de um soldado nazista. A tal "resistência" só começou a vingar, quando Stálin foi atacado por Hitler. Ou seja, os comunistas franceses não lutavam pela França, mas pela União Soviética. Que grande patriotismo!
Marcelo Rubens Paiva ainda inventa outra realidade paralela, ao equiparar os mortos pelo terrorismo a nazistas: a grande maioria das vítimas do terror esquerdista, na época do regime militar, era composta de civis. Os próprios militares assassinados, em sua maior parte, eram praças regulares, soldados rasos, policias civis e militares que garantiam a segurança da sociedade e que jamais participaram do esquema de repressão política do regime. A única culpa destes cidadãos era o de usar a farda das forças armadas brasileiras e da PM ou de possuir a carteira da polícia civil. Rubens Paiva apela a uma lógica perversa: criminaliza as vítimas do terrorismo. Mas é normal que um comunista sectário tente desumanizar suas vítimas. Assim, ele joga para o buraco da privada qualquer remorso de consciência. Se é que Rubens Paiva tenha uma! Os terroristas brasileiros não foram heroicos militantes da resistência matando soldados alemães e sim fanáticos criminosos matando civis inocentes da população. Sequestros, homicídios, "justiçamentos", assaltos a bancos, tudo isso afligia ao cidadão comum. Seria muito ingênuo achar que as forças armadas agissem com caridade contra esses celerados.
"Mesmo, não, parecido. A presidente [ou presidenta, como preferem alguns] não matou ninguém."
Marcelo Rubens Paiva distorce a realidade, mais uma vez. O grupelho de Dilma Rousseff (que era também o de Lamarca) não somente matava, como fazia clara apologia ao terrorismo. Como assaltou bancos, sequestrou pessoas e estava disposto a matar mais, se tomasse o poder. Dilma era uma das líderes do terrorismo. Se ela atuou diretamente ou não, ao menos, a sua simples participação no planejamento das ações faz dela uma cúmplice de vários crimes. Dilma Rousseff jamais lutou pela democracia. Lutou pela implantação do totalitarismo, que com certeza, mataria muito mais. "E sofreu um tipo de tortura que poucos soldados nazistas conheciam". Não há a menor evidência dessas torturas horríveis alegadas pela "presidenta". Aliás, ela foi julgada por um tribunal militar instituído, coisa que os guerrilheiros recusavam aos seus as pessoas condenadas a morte e "justiçadas", como também aos próprios dissidentes internos da guerrilha.
"A quantidade de desinformação que tempos nebulosos geraram é tão grande, que 1 dos papeis da COMISSÃO DA VERDADE é justamente o de educar, debater, trazer à luz, informar. Sou suspeito. Assumo".
Que coisa bonitinha! Deve ser o tipo de "educação" que os comunistas fazem em campos de concentração lá nos confins da Coréia do Norte. "Reeducação ideológica", o que, traduzindo em miúdos, é a velha lavagem cerebral. Isso porque Marcelo Rubens Paiva entende o debate como um monólogo. Se o outro lado que fez parte da história não for ouvido, que raios de debate é esse? O jornalista já deu a entender que a outra parte não deve ser ouvida. Até no Tribunal de Nuremberg, os nazistas foram ouvidos e tiveram a possibilidade de se defender. Marcelo Rubens Paiva não consegue esconder o amor que não ousa dizer o nome. Esse nome se chama totalitarismo. Rubens Paiva não é suspeito. É culpado mesmo de delinquência jornalística.
"Mas basta ler alguns leitores comentando o post anterior, para confirmar o quão confusa, desinformada e tola é a discussão em torno do dever de punir torturadores".
Basta ler o que Marcelo Rubens Paiva diz, para confirmar quanta confusão, desinformação e tolices há num texto jornalístico. Dentro da Comissão da Verdade (que bem poderia ser uma "comissão da mentira"), há a hipótese de revogação da Anistia. Só que é uma revogação unilateral. Os terroristas, guerrilheiros, assaltantes de bancos de esquerda teriam plena imunidade pra mentir, desinformar e falsificar a história. Enquanto o outro lado, a dos militares que combatiam essas práticas, seria punido à revelia das leis e da seguridade jurídica.
"Se para a maioria dos juristas e órgãos internacionais [como OEA, ONU, Tribunal de Haia] há uma unanimidade- tortura é um crime imprescritível, e o Brasil deve rever e julgar seu passado- o debate aqui se atola na ignorância e arrogância ideológica".
Tortura é crime, como terrorismo também é crime. Mas é claro, torturar só não é crime, quando há valorosos ideais de esquerda. Aliás, o crime de tortura só se tornou imprescritível perante a Constituição de 1988. Não ampara os fatos ocorridos antes da Carta Magna. Ou seja, a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu. Claro que Marcelo Rubens Paiva ignorou que terrorismo também é crime imprescritível na nossa Constituição. Mas terrorismo em boa causa não conta. Terrorismo, inclusive, dá boa fama aos seus praticantes, quando são comunistas.
Marcelo Rubens Paiva, ao contestar seus críticos de email, tem outras pérolas:
"Júlio postou: O você faria se descobrisse que foi a Presidente da República que assassinou seu pai? Se ele fosse chefe da tortura do DOI/Codi, ditador, líder nazista ou fascista? Não sei. Posso pular?"
Na refutação do jornalista asnático, só militares torturadores matam. Só fascistas e nazistas matam. Os comunistas, aquelas criaturas adoráveis que eliminaram cerca de cem milhões de "reacionários" da face da Terra, nunca matam. Ou melhor, matam por uma boa causa. Matam uma boa parte da humanidade, em nome da humanidade. Mas a lógica de Paiva é, no mínimo, curiosa: se os assassinos de seu pai fossem comunistas, talvez ele batesse palmas de alegria, tal como Pavlik Morozov, o garoto fanatizado pela propaganda soviética, na época do holodomor, que delatou os pais ao NKVD. Se os torturadores militares fossem comunistas, quem sabe Marcelo Rubens Paiva os perdoasse, não é mesmo? Alguém fala a ele as seguintes palavras:
"MB011: Em tempo: NAZISMO = Nacional SOCIALISMO. Nazismo é ideologia de ESQUERDA, durmam com essa. Coloca esses aí na conta junto com os mais de 100 milhões de cadáveres espalhados pelo mundo. Essa é a "verdade" da esquerda. Tão assassinos e psicóticos quanto os nazistas. Salve os militares que nos salvaram dessa desgraça. Esquerda = escória do mundo!
E Rubens Paiva responde: "Sem comentários. Só faltou escrever: ALN, Ação Libertadora Nacional; ARENA, Aliança da Renovação Nacional. Tudo faria do mesmo saco, comunistas safados".
O MB011 tem razão: o nazismo, ou nacional-socialismo, é uma ideologia socialista nascida das fileiras dos grupos sociais-democratas alemães, que romperam com o internacionalismo proletário e apoiaram seus patrícios na primeira guerra mundial. E a propósito: ARENA e Aliança da Renovação Nacional são "fascistas"? Realmente, Marcelo Rubens Paiva macaqueia os mesmos jargões stalinistas criados a partir dos anos 30 do século passado. Não consegue esconder sua mentalidade binária, cheia de primariedades e clichês intoxicados de propaganda comunista. O pior de tudo é que a maioria dos esquerdistas são burros. Eles nunca estudaram a história do fascismo com propriedade, para saberem que tudo é farinha do mesmo saco.
Marcelo Rubens Paiva não consegue responder às críticas. Sempre com aquela ironia boba de quem fala pelos cotovelos, retruca contra outro leitor:
"Interessante o email dele, vprpalmares at hotmail.com. Corruptela da organização em que Dilma tinha 1 papel secundário, a VAR-Palmares, junção da VPR com Colina, que não funcionou. Rachou meses depois. Não dá pra entender se ele defende a Al-Qaeda, antiamericano, e por que somos burros. Mandou mal, Malino".
Rubens Paiva não é burro. Ele escolhe as respostas mais fracas para refutá-las. Apenas é malicioso e desonesto. Ademais, se por um lado, Dilma Rousseff é vendida como uma heroína que luta contra nazistas imaginários, por outro, ele revela sua artimanha, ao querer relativizar a participação da "presidenta" nos grupos terroristas. "Tinha um papel secundário". Ora, ora, ora, Dilma Rousseff não esbraveja de orgulho, para os seus, que participou de atividades terroristas? E agora Rubens Paiva quer esconder o jogo? Em outra parte do artigo, ele diz:
"Já o leitor Anderson tem uma interessante maneira de entender a História do seu País. Livros? Pesquisa? Bibliotecas? Tá, estou sendo irônico. Uma vítima do nosso falido ensino básico".
Pelo contrário, ao que parece, Rubens Paiva é vítima do falido ensino básico, que que as nossas salas de aula ensinam as mesmas mentirinhas esquerdistas que ele macaqueia neste artigo. Já é expediente comum dos esquerdistas atribuir aos outros as mesmas falhas que possuem. Rubens Paiva foi feliz em descrever seu espaço para comentar sobre "pequenas neuroses cotidianas". O problema é que a neurose está longe de ser pequena. É um vício patológico, uma mania louca de projetar defeitos e manias nos outros.
Voltemos à educação pública. Por acaso se é ensinado nos colégios que os militares combatiam os comunistas? Não há a menor dúvida de que uma boa parte dos professores de história repete as inúmeras mentiras marxistas sobre o regime militar de 1964. Entretanto, quem disse que Rubens Paiva passa perto de uma escola pública? Alguém já viu comunista pobre, alguma vez na vida? Não vou me delongar sobre a incapacidade de Rubens Paiva de criticar os seus detratores. Na cabecinha aleijada do sujeito, o mundo se resume às vozes da esquerda, que ele chama de "o povo". Por mais que o povo não seja representado pela intelligentsia esquerdista, Paiva ignora o que o povo pensa. Talvez nem tenha visto nada. Ou melhor, nunca se preocupou com isso. Comunistas iluminados sabem muito mais do que o povo quer.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Todos os homens da Delta
Os fragmentos de narrativa e de conversas que vão vazando das escutas feitas pela PF nas operações Vegas e Monte Carlo vão nos fazendo perder a noção do todo. Aos poucos, os vários pedaços da verdade vão contribuindo para construir o que tem tudo para ser uma grande mentira e um elogio à impunidade. Pensemos.
"Será que Fernando Cavendish, o dono da Delta, está envolvido com jogo do bicho, caça-níqueis, essas coisas?" Não há, até agora, nenhum sinal, certo? Não existem evidências, pois, de que Cavendish seja sócio de Cachoeira na contravenção, mas há indícios de sobra de que este era parceiro daquele em alguns empreendimentos. Estão acompanhando?
Outra questão relevante. Ainda que não existisse uma Delta, Cachoeira seria quem é no mundo da contravenção. Essa sua atividade específica independe de contratos com o governo, licitações, obras públicas etc. Assim, ele tem de ser investigado e, dado o que já se sabe, punido por suas ações no jogo. Atenção para isto: o contraventor já existia antes de a Delta ser o que é. Haveria a obrigação de investigá-lo ainda que ele não tivesse contato com construtora nenhuma.
O que estou querendo dizer é que a investigação tem de ser dividida em dois grupos: num deles, encontramos Cachoeira, os caça-níqueis, a exploração do jogo etc. É coisa séria, que merece atenção? É, sim! Afinal, ele contava até com parlamentares que atuavam como despachantes de seus interesses, a exemplo do que se depreende de seus diálogos com o senador Demóstenes Torres. Restringir, no entanto, a investigação a Cachoeira, como quer o PT — defendeu essa posição até numa resolução nacional —, corresponde a fraudar de forma espetacular a verdade.
Quem é Cachoeira mesmo?
Cachoeira é um contraventor que tem de ser punido na forma da lei, independentemente de seus vínculos com Cavendish. MAS ELE TAMBÉM ERA O HOMEM DA DELTA NA REGIÃO CENTRO-OESTE. E agora chegamos ao ponto: Cavendish não aparece nas conversas de Cachoeira sobre jogo porque, de fato, não tem nada com isso! O bicheiro era o seu operador e intermediário em assuntos no Centro-Oeste. Seu raio de ação não ia muito além dessa região, especialmente Goiás e o Distrito Federal.
Assim, insisto: duas investigações precisam ser feitas: a) a que envolve as ações ilegais do bicheiro como bicheiro; b) a que envolve as ações do bicheiro como parceiro da Delta. E é nesse ponto que a coisa fica interessante: Cachoeira era apenas um dos, digamos, "escritórios" que cuidavam do interesse da empresa. Cavendish, que já declarou ser possível comprar um senador por R$ 6 milhões, ESTABELECEU UMA PARCERIA COM ELE EM ASSUNTOS LOCAIS. Mas certamente não era o bicheiro que atuava como procurador da Delta no Rio, por exemplo.
Quando Cândido Vaccarezza mandou aquele torpedo amoroso para o governador Sérgio Cabral (PMDB), já sabia que o nome do governador do Rio não frequenta as conversas do bicheiro com sua turma. ORA, NEM PODERIA! Tanto no jogo ilegal como no assalto ao erário, a região de Cachoeira, insisto, é o Centro-Oeste.
O leitor esperto já se tocou, não? Cumpre perguntar: quem é o braço operativo de Cavendish no Rio, por exemplo? O bicheiro pode ser hábil, poderoso e tal, mas aquela não era uma área que ele dominasse. Podem virar do avesso os contratos de R$ 1,1 bilhão do estado do Rio com a Delta, e duvido que se encontre por ali o dedo de Cachoeira. A construtora, está claro como a luz do dia, tinha operadores regionais. No Cetro-Oeste, ficamos todos sabendo, parece difícil fazer um negócio sem se molhar na fonte do contraventor, mas não fora dali. Tendo a achar que isso explica aquele rasgo vaccarezzo-shakespeariano. O petista dirceuzista estava dando garantias a Cabral de que a CPI vai se limitar ao Centro-Oeste e não quer saber dos outros "Cachoeiras" espalhados Brasil afora.
Quem não se lembra?
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) acusaram maracutaias da Delta no Ceará, em 2010!!! A operação Mão Dupla identificou de tudo por lá: propina, fraudes em licitações, desvio de verbas, superfaturamento, pagamentos irregulares e emprego de material de qualidade inferior ao contratado em obras comandadas pelo Dnit. Um diretor local da Delta, Aluizio Alves de Souza, e o superintendente no Dnit no Estado, Joaquim Guedes Martins de Neto, foram presos. Mesmo assim, o governo celebrou com a construtora outros 31 contratos, no valor de quase R$ 800 milhões. Pergunto: o Ceará estava sob a jurisdição de Cachoeira??? Não! O "homem" da construtora no Estado era outro.
Pergunto outra vez: "Quem será, hein, o 'Cachoeira' de Cavendish no Rio? Assim como, no Centro-Oeste, foi preciso recorrer ao estado paralelo cachoeirístico para viabilizar negócios, quem terá, nas terras fluminenses, feito pela Delta o que fazia Cachoeira na região central do Brasil? Entenderam o busílis? Uma coisa é apurar a infiltração da contravenção no estado etc. e tal… É grave? É grave! Mas isso, convenham, para os cofres públicos, beira a irrelevância quando se pensa, só para ficar nas obras do PAC, em R$ 4 bilhões! A INVESTIGAÇÃO QUE MAIS INTERESSA É OUTRA: QUAIS SÃO OS BRAÇOS QUE OPERAM O ESQUEMA DELTA NO BRASIL? Esse é o ovo de Colombo. E parece que é isso o que a CPI quer esconder. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que deixou por um tempos a militância em favor da descriminação da maconha para cuidar de outros baratos na CPI, chama a possibilidade de investigar a Delta em escala nacional de "devassa"!!! Esse é um dos que preferem perseguir a imprensa a ficar no encalço de larápios, que roubam os cofres públicos.
Agora, sim!
Agora, sim!, as coisas parecem mais claras. Misturar no mesmo imbróglio a jogatina — que tem de ser investigada e punida! — e o esquema Delta corresponde a mentir de forma asquerosa para os brasileiros. No Centro-Oeste, em razão das atividades preexistentes de Cachoeira, essas duas coisas se cruzaram. Cachoeira ainda é um contraventor local, com aspirações de estender nacionalmente a sua influência. A Delta, nesse sentido, lhe era um canal e tanto. A teia verdadeiramente nacional é outra: chama-se Delta. E é preciso saber o nome dos outros "cachoeiras". PARA QUE TODOS SEJAM PUNIDOS POR SEUS EVENTUAIS CRIMES.
Punir apenas Carlinhos Cachoeira, Demóstenes e mais um, dois ou três não é injusto, não, no que diz respeito à turma e às suas ações. Punir apenas essa gente é injusto com o Brasil! E se trata de mais uma aposta na impunidade, que está na raiz de toda essa lambança.
Se a CPI não investigar para valer a Delta no Brasil inteiro, estará mandando um recado aos demais "Cachoeiras" do esquema:
"Vocês são nossos, nós somos seus, e o Brasil e os brasileiros que se danem".
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Um retrato sucinto e brilhante de Sergio Guerra, o tucano que todo petista pediu a Deus
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Todos os homens do presidente
N... - VIII
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Nulla... - VII
Falácias sobre a luta armada na ditadura
Militantes de grupos de luta armada criaram um discurso eficaz. Quem questiona "vira" adepto da ditadura. Assim, evitam o debate
A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.
Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.
O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.
Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.
Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?
Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.
Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.
Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra.
Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.
Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo.
O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.
O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão.
Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Nulla die sine... blá blá blá VI
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Nulla die sine linea V
domingo, 13 de maio de 2012
O melhor de Katia Abreu
Será que é racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país? Essa troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na preservação ambiental. Reduzir 33 milhões de hectares nas áreas de produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130 bilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do setor. Para que se tenha uma noção do que representam 33 milhões de hectares, toda a produção de grãos do país ocupa 49 milhões de hectares.
O Código Florestal não foi construído para agradar a produtores ou ambientalistas, mas, sim, para fazer bem ao Brasil. Agora, está nas mãos da nossa presidente, a quem cabe decidir, imune a pressões, o que é melhor para sermos um país rico, um país sem miséria, que é a grande meta da sua gestão. A utopia ambientalista, no entanto, não respeita a democracia política, muito menos a economia de mercado. Há líderes do movimento verde que pregam abertamente um Estado centralizado, com poderes para determinar a destinação dos recursos, da produção e até mesmo do consumo. Nesse tipo de sociedade autoritária, não há lugar para a liberdade e para as escolhas individuais. Salvam a natureza e reduzem a vida humana à mera questão da sobrevivência física.
Mas slogans fáceis e espetáculos midiáticos não podem ofuscar a eficiência da agropecuária verde-amarela. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar os dados do primeiro quadrimestre de 2012. Exportamos US$ 26 bilhões, gerando superavit de US$ 20,8 bilhões. Nunca é demais lembrar que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e preservação?
Os ambientalistas, em sua impressionante miopia, ainda cobram que a agropecuária deva elevar a produtividade. Nos últimos 30 anos, com apenas 36% a mais de área, a produção de grãos cresceu 238%! Eles não consideram que os índices brasileiros já são elevados e que aumentos são incrementais.(…)É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.