segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Texto do Augusto que me fez pensar

Do Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-oposicao-real-tem-mais-de-40-milhoes-de-votos-faltam-lideres-sem-medo-e-um-partido-que-enfrente-o-governo-o-tempo-todo/

A anedótica impontualidade, que desde sempre o faz chegar atrasado a todos os compromissos, acabou contaminando o calendário político e subvertendo o relógio eleitoral de José Serra. O candidato à Presidência da República demorou demais para entrar oficialmente na disputa, para concentrar-se na campanha, para costurar a coligação nacional, para montar as alianças regionais ou para decidir quem seria o vice. Nesta quinta-feira, ao aparecer no Senado depois de três semanas de sumiço (e depois da hora marcada), confirmou que vai terminar o ano como começou: chegando à estação quando o trem já partiu.

Em público, Serra assumiu (com 25 dias de atraso) a responsabilidade pela derrota. "A culpa sempre é do candidato", reconheceu na primeira linha do mea culpa revogado pelo que disse em encontros reservados com senadores tucanos. A soma das conversas informa que Serra divide a culpa pelo fracasso entre o rolo compressor do governo federal e o desinteresse de companheiros de partido pela eleição presidencial. Ressentido com o que qualifica de "traições", a maior das quais imagina ter sido protagonizada por Aécio Neves, quer ser compensado com a presidência nacional do PSDB.

Colecionador de bons desempenhos como deputado federal, senador, secretário de Estado, ministro, prefeito e governador, é compreensível que Serra recuse a aposentadoria. Também é aceitável que atribua à própria força eleitoral uma parcela considerável dos votos obtidos em 31 de outubro. É natural, enfim, que não se sinta forçado a abandonar a vida pública por uma derrota: a morte política nunca ocorre antes da morte física. O incompreensível, o inaceitável, o antinatural é perceber que a ficha ainda não caiu. Alguma alma caridosa precisa contar-lhe que nenhum candidato com chances de conquistar a presidência foi tão indiscutivelmente culpado pela própria derrota.

"Cada um tem um estilo e Serra foi fiel ao estilo dele: define uma linha e, aconteça o que acontecer, vai em frente", resumiu com a habitual elegância o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na entrevista publicada pela Folha em 2 de novembro. Resumo da ópera: fora o marqueteiro Luiz Gonzalez, o candidato da oposição oficial não consultou ninguém, não pediu um só conselho a quem quer que seja. Fez questão de errar sozinho — e só não cometeu mais erros por falta de tempo.

Ao abortar a ideia das prévias partidárias, por exemplo, perdeu quaisquer chances de ter Aécio Neves como vice. Ao contemplar o legado de FHC com o olhar deliberadamente vesgo do inimigo, enxergou um problema onde sempre existiu, mais que uma solução, o maior trunfo eleitoral dos oposicionistas. Dilma Rousseff atravessou a campanha celebrando o Brasil de anúncio da Petrobras que Lula finge ter construído. O ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso fez de conta que nem participou do governo que mudou para muito melhor o país real.

Em vez de defender as privatizações que aumentaram a distância entre Brasil e as cavernas, preferiu acusar Dilma de ser menos estatizante do que parece. Em vez do Serra decidido a encerrar a Era da Mediocridade, apresentou-se ao eleitorado um certo Zé pronto para ocupar o lugar do Silva e aperfeiçoar a obra do presidente que estava, segundo o suposto adversário, "acima do bem e do mal". A adversária que todo candidato pede a Deus implorou pelo nocaute o tempo todo. O oponente fugiu ao combate e tentou ganhar encostado voluntariamente nas cordas.

Prisioneiro da falácia marqueteira segundo a qual eleitores preferem que participantes de um duelo troquem cobranças por arrulhos e interpelações por sonetos românticos, Serra desperdiçou incontáveis oportunidades de liquidar o duelo. As pesquisas de intenção de voto avisaram que questões vinculadas a valores morais e princípios éticos influenciariam a decisão do eleitor. Inibido pela paralisante estratégia do medo, inquieto com a possível exposição de pecados tucanos, Serra arriou a bandeira do combate à corrupção desfraldada no discurso em que se despediu do cargo de governador.

Açulada pela tibieza do oponente, a política aprendiz colocou na mesma categoria criminosa a confusa história protagonizada por Paulo Preto e escândalo medonho da Casa Civil estrelado por Erenice Guerra — o andor mais vistoso da procissão infame engrossada por estupradores de sigilo fiscal, fabricantes de dossiês cafajestes e governantes fora-da-lei. Tecnicamente, Serra perdeu para a sucessora escolhida por um presidente sem compromisso com a verdade, a legislação eleitoral e o Código Penal. Vistas as coisas de perto, Serra foi o grande algoz de si próprio. Não existem traidores a condenar. Não há responsabilidades a apurar.

"Ele nunca vai admitir isso", concordam 10 em cada 10 tucanos. "Se foi teimoso a vida inteira, não é agora que vai mudar. Ocorre que a paisagem brasileira mudou, e quem não se adaptar à guinada histórica não tem chances de salvação. As urnas de 2010 testemunharam o nascimento da oposição real. Difere da oposição oficial na cara, no ânimo, na alma. Tem um patrimônio superior a 40 milhões de votos e outros 20 milhões a conquistar. Tem as linhas gerais de um programa, como veremos em outro post. E tem um estadista, Fernando Henrique Cardoso, acumulando as funções de patriarca e ideológo.

Faltam líderes que efetivamente representem a oposição real., e não há vagas nesse grupo de elite para quem faz o que fez Serra na campanha de 2010. Falta um partido que se oponha ao governo antes e depois da eleição, livre-se dos delinquentes de estimação e não perca tempo com intrigas domésticas. O PSDB até pode transformar-se nesse porta-voz da resistência democrátrica. Por enquanto, não é.


Este texto me fez pensar, ainda mais aqui que costumamos ser algozes da trairagem aecista... mas meu foco ainda é "ah, como eu queria que a ocupação do Alemão fosse verdade!"

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cabral, chama a tal "Força Nacional"

Do Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-exercito-fantasma-de-lula-e-dilma-so-entra-em-combate-na-guerra-eleitoral/

***

Ao longo da campanha eleitoral, Dilma Rousseff recitou a cada comício, debate ou entrevista que faltava pouco para que o sistema de segurança pública, a exemplo do que ocorreu na área da saúde, chegasse à perfeição. Graças ao padrinho, garantiu a afilhada, nem teria muita coisa a fazer depois de eleita. Nos últimos oito anos, a violência dos tempos de FHC foi progressivamente substituída pela paz da Era Lula. Ponto para o estadista que encarou a herança maldita.

No meio da discurseira, aparecia inevitavelmente o exemplo do Rio. Com a disseminação das Unidades de Polícia Pacificadora, as miraculosas UPPs, o companheiro Sérgio Cabral concluíra a façanha histórica iniciada pelo PAC e consolidada pela popularidade de Lula. Nem o mais insensato comandante do narcotráfico ousaria enfrentar os 80% do maior dos governantes desde Tomé de Souza.

Dado o aviso, Dilma sacava do coldre imaginário o trabuco com a bala de prata: se alguma facção do crime organizado tentasse conflagrar os morros cariocas, o Mestre não hesitaria em mobilizar a temível Força Nacional de Segurança Pública. Por que o exército medonho até hoje não foi visto em ação? "Porque o governo de São Paulo não quis", repete Lula desde 2006, quando a capital do Estado administrado pelo PSDB foi convulsionada por sangrentos ataques simultâneos do PCC.

Em campanha pela reeleição, Lula e Tarso Genro, ministro da Justiça e marechal da Força Nacional, baixaram em São Paulo para informar que poderiam sufocar a rebelião em quatro ou cinco horas. Bastava uma solicitação formal do governador. Pena que os tucanos paulistas tenham teimado em ignorar o bom exemplo dos companheiros cariocas, suspirava Lula antes que a violência no Rio recrudescesse com dimensões apavorantes. O segredo é a aliança entre os governos federal e estadual.

Até o começo da semana, o presidente e a sucessora sustentaram que o entendimento fraternal com o governador Cabral (sem contar a guarda pessoal do prefeito Eduardo Paes) era mais que suficiente para matar no nascedouro qualquer atrevimento esboçado pelos bandidos do narcotráfico. Nesta quinta-feira, dois telefonemas reduziram a farrapos outra fantasia do Brasil do faz-de-conta.

Depois de alguns dias de silêncio, Lula e Dilma ligaram para conversar com Sérgio Cabral sobre o drama que apavora o Rio e assombra o país. Nem o atual nem a futora presidente ofereceram a ajuda da Força Nacional. Ofereceram votos de solidariedade. O país inteiro descobriu que o exército fantasma do Planalto só entra em combate na guerra eleitoral.

Uma última interrogação intriga milhões de habitantes da zona conflagrada. O presidente autopromovido a Pacificador do Universo já se ofereceu para resolver a crise do Oriente Médio e para reaproximar o Irâ atômico do resto do mundo. O que é que há com Lula que não se oferece para acabar com a batalha do Rio?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar" - Então tá, né?

O Yahoo Notícias é mais lulista que a TV Brasil. Mas senti uma ironia - amarga - ao ler este trecho: http://br.noticias.yahoo.com/s/25112010/83/bandidos-continuam-realizar-ataques-no-rio.html

***

<em>Em Botafogo, um carro foi incendiado na Rua Jornalista Orlando Dantas. Por volta de 1h, dois rapazes atearam fogo num Clio Sedan que estava estacionado. O proprietário do veículo, o empresário Marcondes Valois, 45 anos, disse na delegacia que estava dormindo, e acordou com o barulho da explosão:

- Liguei para a portaria e disseram que tinha um carro pegando fogo. Quando desci, vi que era o meu. Comprei o carro há dez dias, e não estava no seguro.

O empresário revelou que há dois anos sofreu assalto na Linha Amarela. Na ocasião, foi baleado no braço esquerdo. Ele falou sobre a sensação de insegurança na cidade:

- É uma sensação de pés e mãos atados. Não temos o que fazer, está fora de controle. É o remédio amargo que teremos que tomar. E o meu está sendo ainda mais amargo. Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar. O trabalho que a PM está fazendo (UPPs) é para melhorar. E vai melhorar - disse Marcondes, se referindo às instalações de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).</em>

***

"E vai melhorar" - Então tá, né? Hum... ele já foi assaltado, baleado, tem um carro zero sem seguro incendiado (mesmo que estivesse, segurados não cobrem tumulto civil) e ainda acredita que as tais UPPs vão resolver? Amigo, não resolveu há dois anos que você sofre feito um cão na mão da bandidagem, vai resolver agora?

"Vamos ter que passar por isso, mas depois vai melhorar" - Acho que ele fez uma analogia com a quimioterapia, que detona o paciente para o curar do câncer. Infelizmente, aumento na violência não é sinal da cura, mas do alastramento do câncer.

Valois, Valois, Valois! Os bandidos dão uma de Carlos IX com você e ainda acha que sistema está funcionando?

Celebrar com a desgraça é coisa de petralha!

Pobre população carioca! Pobre! Estão pagando um preço amargo por crer nas doces ilusões de Cabral e Dilma.

Quem se delicia com desgraça alheia é o PT. Se fosse em São Paulo, estariam celebrando. Como celebraram - que o diga Lula na sua entrevista recentes aos áulicos da esgotosfera - que o acidente da TAM em Congonhas não foi responsabilidade direta do governo. Indireta foi, se houvesse mais segurança naquele aeroporto ou se houvesse um aeroporto mais decente para a primeira cidade do Brasil.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pobres cariocas, longe de Deus, perto do Cabral

Deu-me um peso na consciência pela frase final do post anterior. Quando o PCC aterrorizou São Paulo pelos interesses do PT, muito petralha também pensou: "bem feito para os paulistas, quem mandou votarem em tucanos!". Mea culpa, leitores, por ter repetido pensamento bovino semelhante!

A diferença é que em São Paulo bandido é preso. Este negócio de UPP do Sérgio Cabral é história da carochinha.

A cláusula que Cabral se esqueceu

Sérgio Cabral deve ter se esquecido de cumprir alguma cláusula no seu contrato com seus apoiadores para sua brilhante reeleição em primeiro turno. Alguma coisa ele não entregou e está sendo cobrada pelos donos do Rio.

A população carioca sofre... mas por outro lado, eles votaram nele, não é?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mercado aéreo: A questão que não aterriza

Quem tem estômago, leia a entrevista do presidente da TAM reclamando da falta de infraestrutura:

http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1991761&path=/investimentos/

O caro Bologna taxia a questão, circula o VOR e não aterriza. De quem é a culpa? Do governo. O potentado Tâmico dá um belo diatribe retórico e evita colocar o dedo na ferida. Também, as Cias. Aéreas tem de se ajoelhar para Dilmas e Erenices, muitas cobras gestadas na Anac. Volta e meia tem de se ajoelhar também na justiça (ainda que moral), quando seus aviões transformam-se em piras funerárias.

De quem é a culpa do gargalo de Infra? Do governo, ora bolas! E de educação? Haddad e o terceiro Enem queimado com a palavra... Mas vai um empresário hoje em dia dizer isto, ainda mais de Cia. Aérea.

Em tempo, demanda alta e baixa oferta, apenas gerarão aumento nas tarifas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Preparando-se para a censura

Lembram-se quando os jornais censurados publicavam receita e poesia?

Querendo arrumar confusão com um eleitor da Dilma, enviei uma recriminação à política inflacionária que D. Dilmão quer implantar.

Ele respondeu comentando sobre as obras de Aleijadinho. Tudo bem, eu gosto mesmo. Mas que lembrou a censura, lembrou.

Ele está se preparando bem para os tempos que hão de vir.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FORA LULA

Chega, Lula, chega, não agüentamos mais vc. Some, sai dos holofotes.

Deixa o poste que endossaste com as próprias pernas!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Da graça????

Maria Caveirão, Maria "da Graça???" Foster!

De graça nada, muito cara para a Petrobrás!

#End

sábado, 13 de novembro de 2010

Como Caiado fez cair minha ficha (de novo, de novo e todo dia esta ficha cai)

Disse Ronaldo Caiado (apud Veja)

"Um partido de ser oposição ser negociado, vendido. É fazer o jogo daqueles que capitulam, como na Venezuela. Entregar a oposição apenas para 53 parlamentares do PSDB, que nunca foi um partido de oposição. O partido de oposição acirrada é o Democratas. Matar o partido é calar a oposição no Brasil. Isso é muito grave. Não é um assunto interno do Democratas, é um assunto da sociedade brasileira. Todo brasileiro deveria repudiar essa atitude. "

A frase "PSDB, que nunca foi um partido de oposição" é lapidar. Verdade verdadeira.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Edir Macedo ainda há de comprar o SBT

Falso profeta é o Tiririca! Pior que tá, sempre pode ficar!

Eu acho que Edir Macedo ainda há de comprar o SBT...

O reerguimento do DEM

Texto de Reinaldo Azevedo:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, recebeu nesta quinta um grupo de lideranças de peso do partido para um almoço em sua casa. Estiveram presentes Jorge Bornhausen, presidente de honra, os senadores Demóstenes Torres (GO) e Kátia Abreu (TO), os deputados Paulo Bornhausen (SC) e Índio da Costa (RJ) e Guilherme Afif Domingos, vice-governador eleito de São Paulo. Qual o objetivo? Reerguer o partido. É consenso que, na atual marcha, o DEM definha.

Kassab mantém conversações com o PMDB? A essa altura, essa interlocução já é pública e é conduzida por Michel Temer, vice-presidente eleito. Uma eventual fusão com o PMDB agradaria a muitas lideranças da legenda, que encontram em seus respectivos estados mais facilidades de composição com esse partido do que com o PSDB, com quem outros tantos gostariam de se juntar. Com um PSDB qualquer? Não! Só se for com o de Aécio Neves, senador eleito de Minas. Bem, qual é a natureza então do imbróglio? Reerguer, fundir com um ou fundir com outro?

A prioridade do grupo que almoçou nesta quinta é mesmo reerguer, lançar candidatos a prefeitos em todas as cidades que contarem com horário político na TV para dar visibilidade ao partido e caminhar para uma candidatura própria à Presidência da República. Mas, para isso, entendem que precisam disputar, segundo as regras do jogo, o comando do partido, hoje presidido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ), que conta com o apoio dos deputados ACM Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), e lhe dar vida nova. Há quem considere que, dada a trilha atual, o partido perde qualquer autonomia e se torna ou um apêndice da eventual pretensão presidencial de Aécio ou um celeiro para adesões feitas no varejo pelas grandes legendas.

E se esse reerguimento falhar? Bem, aí tudo indica que ninguém leva o DEM de porteira fechada. A "opção PMDB" está dada não apenas para Kassab, mas também para muitos outros líderes, e haverá certamente quem prefira o PSDB ou outra legenda qualquer. A questão, pois, é menos de fusão com este ou com aquele do que de dissolução — e cada um, então, que procure o seu rumo.

O DEM e a democracia
Quem lucra com o eventual desaparecimento do DEM ou com sua redução à expressão mínima, cumprindo uma predição de Luiz Inácio Lula da Silva? A resposta é esta: NINGUÉM — a não ser aqueles que eventualmente ficassem com o espólio do partido, enquanto esse ativo durasse ao menos — o que, no Congresso, corresponderia ao período de uma legislatura. Em muitos estados, lideranças de relevo acabariam sendo coadjuvantes ou de tucanos ou de peemedebistas.

O Brasil que está aí pede lideranças fortes e vigilantes de oposição. Motivos para tanto existem — eu mesmo fiz o elenco de alguns temas que pedem essa vigilância: olhem para o escândalo financeiro do Panamericano; reflitam sobre os absurdos contidos na MP do Trem-Bala… Mas, para tanto, é preciso que exista um partido organizado para atuar. Se a lógica for a da subordinação a quem quer que seja ou a da lenta dissolução, então é melhor mesmo que cada um siga o seu rumo.

Acho que é isto: ou se reergue ou acaba. Que aconteça o melhor! Por mais absurdo que pareça dizer isto, num momento em que a maioria governista no Congresso é esmagadora, o campo para a oposição raramente foi tão fértil — e assim será, acreditem, nos próximos anos. O maior ativo do DEM é a sua independência. Mas ela tem de ser exercida de forma maiúscula e clara.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Indio da Costa confirmou - DEM não se mistura ao PMDB

Falei com Índio da Costa, ele confirmou que a fusão do DEM com o PMDB é boato

Ora, leitores, tb sou um cara bem relacionado!

Parafraseando Homero: "Leões e ovelhas tem inimizade eterna, nunca aliança"

O DEM é a única oposição que existe!

A presidente eleita, Dilma Rousseff, teve a oportunidade, nesta quinta-feira, de dar uma demonstração ao país que pretende fazer um governo sério. Mas, perdeu mais esta oportunidade. Em coletiva à imprensa concedida em Seul, Coréia do Sul, ela preferiu defender aumento de salários para seus futuros ministros a comentar a grave crise que o sistema financeiro brasileiro enfrenta, por causa do Banco Panamericano. A Nação está apreensiva com a sequência de erros, mal-entendidos e explicações rotas sobre o socorro que o Banco Central deu à instituição financeira pertencente ao empresário Silvio Santos.

Mais que uma corriqueira trapalhada do governo do PT – mais uma -, estamos diante de uma séria ameaça ao sistema financeiro, que pode estar mais vulnerável que os responsáveis pela política econômica do país querem nos fazer acreditar. O momento exige mais que o já tradicional jogo de empurra ou de mais um round na briga entre Ministério da Fazenda e Banco Central, com o primeiro passando toda a responsabilidade para o segundo. O episódio guarda pontos que exigem explicação especialmente da presidente eleita. Por que a Caixa Econômica Federal comprou participação em um banco já em processo de risco? Por que o caso, conhecido pelas autoridades monetárias e financeiras do país desde junho deste ano, somente veio a público após as eleições? Por que a única manifestação do presidente que está deixando o cargo sobre o assunto foi para dizer que não tratou da questão quando concedeu audiência ao proprietário do banco, em pleno
desenrolar do primeiro turno das eleições deste ano?

Os votos que recebeu nas urnas não eximem Dilma Rousseff de responsabilidades perante a Nação - ao contrário. Não foi para nomear cabeleireiras e massagistas, ou para recriar a CPMF, que ela foi eleita. Os Democratas, no papel que lhes cabe como Oposição, e na defesa da agenda da sociedade, exigem da presidente eleita um posicionamento imediato e consequente sobre este delicado tema.

Paulo Bornhausen
Líder dos Democratas na Câmara dos Deputados

Fusão e Fudição

Se o DEM se fundir ao PMDB, estamos fundidos. Ai sim acaba a ultima esperança de oposição

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mea culpa

Mea culpa deve ser dado

Aecio negou terminantemente que estivesse pleiteando a presidencia do Senado. Mas uma da central de boatos do Lulo-petismo. É PIG - PARTIDO DA IMPRENSA GOVERNISTA

Como disse o Reinaldo Azevedo (em outro assunto, é verdade): "E há um monte de jornalista tonto ou
mau-caráter fazendo o servicinho para o PT. Como sempre."

O que me irrita é que até eu caio nessa as vezes. Por outro lado, O boato não seria crível se Aécio não tivesse feito esta fama de abandonar os aliados em troca de seu projeto pessoal de poder...

Notícia plantada

"Não postulo e não serei presidente do Senado" (do Estadao)

Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso. No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.

"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento", afirmou Aécio. (…) "Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum."

sábado, 6 de novembro de 2010

A lição de Maquiavel que o PT nunca se esquece

Ainda explicando porque o PT nunca vai dar poder real para Aécio, vale a máxima de Maquiavel, que o PT nunca falhou em cumprir - nem a máxima em ser válida

"Quando alguém é causa do poder de outro, frequentemente se arruina"

A Presidencia do Senado nunca ira para as mãos do PSDB com votos petistas. Nunca. Nem em sonho. Jamais. Desistam. O PT não é trouxa o bastante. E porque não é trouxa, ficará 12 anos no poder (no mínimo!)

http://diadaira.blogspot.com/2010/11/ai-aecio-da-um-drama-grego-voce.html

Ai, Aécio! Dá um drama grego você!

Lula conhece muito bem a ambição que move Aécio. E sabe mexer com ela direitinho.

Aécio, cego em sua compreensao que sobreviverá ao holocausto do PSDB, acha que por algum momento o PT vai dar um miligrama de poder a ele, permitindo ser presidente do Senado? Sera que o PT é tao amador assim que não pensa a possibilidade de um Aécio turbinado se voltar contra ele??? Se os petistas entregaram um domesticado Hélio Costa às feras, o que não farão com um oposicionista de berço? (Quer dizer: De nome. Os votos Lulécio e Dilmasia não mentem)

LÓGICO que Aécio não será presidente do Senado. Mas o próprio convite faz o desejo do PT, jogando tucano contra tucano, oposição contra oposição. O jogo é tão claro, tão lógico!

Aécio... veja Ciro Gomes como acabou e aprenda!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!! - 2

Escrevi em 09 de setembro de 2009.
Repito. Repito. Repito.
É isto mesmo.
E aconteceu.
Que pena.

***

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!!
do O Dia da Ira

O imperador Tibério exclamava quando saia do Senado. Na transição da Roma Republicana e Livre para a Roma Imperial, o senado que poderia facilmente depos o sucessor de Augusto e refundar a República se quisessem

Mas não... Cada vez mais o bajulavam e se atiravam aos seus pés nas mais degradantes manifestações. Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!! Até mesmo Tibério dizia

Vejo isso hoje em dia. A criminalização de quem não pensa com o rebanho. Que se dane o que todos dizem. Isso não faz nem a verdade nem a moral. E não me ousem criminalizar porque não vou com o rebanho.

Nem Deus me obriga a força a obedecê-lo, porque obedecerei a força a opinião alheia, nem que seja da maioria?

Ó POVO DESTINADO À ESCRAVIDÃO!!!

CPMF - O Fred Krugger do Lulismo

Sim, é o Fred Krugger do Lulismo. Sempre diz "Eu voltarei" para nos assombrar.

Quando vejo minha conta corrente, fico tão feliz e aliviado por não ter mais CPMF... no Brasil, redução de impostos é bom demais para ser verdade.

Porra, Anastasia, vai para aquele lugar... apoiar isto?!! Chamem o Alckimin e o Beto Richa! Eis governadores tucanos que tem culhões!

Lulismo? Já é hora de dar a Lula o olvido da História, que ele merece. Diria Dilmo-petismo? Dilmismo mesmo?

Anestesia

O que deu na cabeça do Anastasia? Que jirico! Apoiar a CPMF! Que asnada!

E entre a oposição, Aécio consolida-de com a fama de traíra. A relação deste escriba com Aécio é de amor e ódio. "I want to believe" on him. Mas ta duro, ih, tá duro...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dá-lhe, DEM!!!

Nota Oficial do Democratas:

A Liderança dos Democratas na Câmara dos Deputados repudia veementemente a possibilidade de recriação da CPMF, o famigerado Imposto do Cheque. Seguindo ordens, inspiradas no capricho vingativo do atual Presidente da República, a presidente eleita, Dilma Rousseff, está convocando os governadores de sua base aliada para assumirem o movimento pela volta do imposto que o povo brasileiro derrubou. A continuidade prometida durante a campanha está privilegiando as piores características deste governo federal, a falta de competência para gerir os recursos públicos e a gana pela cobrança de impostos. O aumento da IOF - logo após o fim da CPMF - e o constante aumento da arrecadação de impostos alimentaram os cofres públicos com mais recursos do que os gerados pelo Imposto do Cheque. A solução para o caos da saúde pública do Brasil está na regulamentação da Emenda 29 e na profissionalização da gestão. Os Democratas não permitirão que o
povo pague a conta da eleição. Conclamamos a Oposição, no Congresso e no Legislativo e Executivo estaduais, e toda a sociedade para impedir mais esse descalabro do governo do PT.

CPMF nunca mais.

Paulo Bornhausen
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados

FALA, OPOSIÇÃO!

O trabalho da oposição começa hoje, afirma líder do DEM.
PAULO BORNHAUSEN, apud Coturno Noturno

Os três principais tópicos dos debates ocorridos nestas eleições de 2010 -aborto, corrupção e privatização- deixaram em aberto para o Brasil que surge das urnas discussões fundamentais para entendermos o país da forma que a nação e o povo brasileiros exigem. Cada tópico desses é apenas uma ponta de imensos icebergs que, por anos, a hipocrisia eleitoral e a conveniência do governar para manter o poder mantiveram submersos.

A forma como se comportou o presidente Lula é um caso à parte. Lula será julgado pela história e ficará na memória do país apenas pelo mal que fez à moral, às instituições, à formação dos jovens, à política e à República. O melhor para o Brasil, agora, seria ele demonstrar amadurecimento e entender que seu tempo acabou.

O falso debate sobre privatizações, com foco na Petrobras e no pré-sal, serviu apenas para que os graves desafios que se apresentam para a economia do país não viessem à tona. A campanha eleitoral transcorreu paralelamente a uma grave crise cambial que, para o Brasil, tem ligação estreita com o desastre que foi a política externa nos últimos oito anos.

A crise de 2008 promoveu uma necessidade de fortalecimento da globalização da economia. Do grupo dos Brics, apenas o Brasil não percebeu isso -ou não quis, por ideologia, perceber. Não é por acaso que o governo Lula coleciona o maior número de derrotas nas disputas por cargos em entidades internacionais, sendo a última na União Internacional de Telecomunicações, setor elevado em todo o mundo e vital para o desenvolvimento do planeta.

E, no falso debate sobre privatizações -instrumento da economia moderna que, no caso do Brasil, só se revelou exitoso, como com CSN, Vale e telecomunicações-, o que é oferecido ao brasileiro? Um discurso ideologicamente infantilizado, extemporaneamente nacionalizado, economicamente equivocado e desastrado. Que tipo de esperança pode-se depositar nos autores desse discurso quanto aos rumos da economia e ao desenvolvimento do país?

O trabalho da oposição começa hoje. O que se pode esperar de governo que rejeita a receita que o mundo todo está aplicando para reorganizar a economia -cumprimento de metas fiscais, não a utilização de esquemas extraorçamentários que simulam a normalidade; redução de gastos públicos, com consequente diminuição dos juros.A receita também inclui redução dos impostos e a implantação de justiça fiscal; a racionalização da gestão administrativa, com o funcionamento de um Estado adequado, eficaz. E é urgente também entender o alarme que o brasileiro deu aos políticos e governantes do país. O brasileiro é religioso e dá muito valor a isso. É conservador e forma sua família por essa régua. O brasileiro não é culturalmente corrupto; essa cultura está no poder. O brasileiro, culturalmente, é honesto e tem caráter -e deu mostras de que está cansado de ser governado por quem despreza a honestidade e abraça a corrupção.

PAULO BORNHAUSEN, deputado federal (DEM-SC), é líder dos Democratas na Câmara dos Deputados.

44%, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E NÃO APENAS 3%, LHE DISSERAM “NÃO!!!”

Grande texto do Reinaldo Azevedo, que deve ficar aqui como referência

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44%, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E NÃO APENAS 3%, LHE DISSERAM "NÃO!!!"
do Reinaldo Azevedo


Ah, a petralhada gostaria de me ver arrancando os cabelos, agora que os tenho, desesperado, a esmurrar as paredes! De fato, é não me conhecer. Trabalhei e produzi ontem normalmente, apesar de alguns percalços de ordem pessoal, quase inteiramente superados, e que nada tiveram a ver com as urnas. Ao contrário! Estou frio como uma lâmina para pensar e com o coração sempre quente para escrever, hehe. Morno, como disse no texto de ontem, jamais! Há dias, Lula, repetindo o seu blogueiro pançudo, dizia que os 3% que acham seu governo "ruim ou péssimo" deveriam estar no "comitê de certo candidato". A isto Lula gostaria que a oposição estivesse reduzida: a 3%!!! Ele bem que tentou! Mas não! Nas urnas, ela se revelou 44% dos que foram votar. A oposição fez ainda 10 governos estaduais — 8 do PSDB (Paraná, São Paulo, Minas, Goiás, Tocantins, Alagoas, Pará e Roraima) e 2 do DEM (Santa Catarina e Rio Grande do Norte) . Governará 52,3% da
população e bem mais da metade do PIB.

O presidente dos "83% de ótimo e bom" — que era, na verdade, quem disputava a eleição, já que Dilma fez questão de não existir — obteve 55% dos votos totais nas urnas, correspondentes a 41% do eleitorado. Como demonstrei em outro post e está historicamente provado, a esquerda leva sempre um terço do eleitorado pelo menos. Esses números dão conta do real poder mágico de Lula. O PT elegeu 5 governadores — Acre, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia e Sergipe. Os outros 12 "governistas" são do PMDB (5), PSB (6) e PMN (1). A oposição, se quiser ser oposição, está viva e pode respirar muito bem. Só precisa parar de errar — e alguém poderia dizer: "É aí que mora o problema!" Sim, é aí. Dilma Rousseff terá uma maioria folgada na Câmara e no Senado, garantida, como sempre, pelo PMDB — e é aí que mora o problema dela.

De saída, cumpre notar que este, definitivamente, não é um país que vota com a esquerda coisa nenhuma! Não é de esquerda o Congresso e não são de esquerda — nem mesmo essa esquerda petista — a esmagadora maioria dos governadores. O PT exerce a hegemonia na grande aliança em razão da força pessoal de Lula e do aparelhamento do estado e de sindicatos, base de sua, digamos, força material. Para levar adiante o "Projeto Dilma", o partido teve de ceder os anéis em muitos estados, dividindo o poder com o PMDB e com o PSB. Os dois partidos logo estarão se batendo pela divisão do butim. Os ditos "socialistas" cresceram no Parlamento e elegeram seis governadores: 4 no Nordeste (Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco), 1 no Norte (Amapá) e 1 no Sudeste (Espírito Santo). Lula está doidinho para fundir a legenda com o PT. Eduardo Campos, governador reeleito de Pernambuco e líder inconteste do PSB, não deve ser tolo: de chefe de um
grupo com razoável poder de pressão, passaria a ser um não-petista no PT. Seu projeto presidencial já estará na rua no dia 2 de janeiro de 2011— no mínimo, para negociar.

Assim, o PT não sai das urnas como o partido que faz o que bem entende, nem Lula se sagra como o demiurgo palpiteiro que, mesmo fora da Presidência da República, decidirá os destinos da nação. Dilma poderá se aconselhar com ele quantas vezes quiser, mas sabe que sua influência será limitada. "Mas e a dos governadores, Reinaldo, é assim tão grande? Não é o Congresso que conta?" Mais ou menos.

Deputados federais paulistas e mineiros, para citar dois estados com bancadas grandes, ainda que petistas ou governistas, sabem que não convém entrar em choque com os respectivos governadores — essa questão será especialmente candente caso Dilma queira, de fato, fazer uma reforma tributária. Se os 10 da oposição conseguirem — e eu sei que é difícil — um consenso mínimo (em vez de ficarem se estapeando, o que Dilma adoraria) —, o tamanho da oposição no Congresso perde um pouco de importância. Desde logo, teriam de criar uma espécie de fórum permanente para discutir as questões que dizem respeito a seus respectivos estados.

Os 43,7 milhões
Outra questão muito relevante a ser considerada são as condições em que a oposição obtém esse número de votos, reduzindo em mais de 10 pontos a diferença na comparação com 2002 e 2006. O jogo, desta feita, foi muito mais pesado. Lula e a máquina que ele mobilizou no subjornalismo não tiveram limites. Ele despiu-se completamente do decoro — ainda ontem, falou mais um absurdo (veja abaixo). Seus aliados naquela variante do crime que se confunde com imprensa trilharam cada palmo da abjeção. A estrutura do estado foi mobilizada para eleger a sua criatura eleitoral. Manifestou-se de diversos modos: quebrando sigilos e impedindo ou procrastinando a investigação; escalando ministros de estado e chefes de estatais para falar como líderes de facção; organizando a agenda do governo e das empresas públicas para produzir factóides eleitorais. O auge da manipulação foi o anúncio, obviamente apressado, da descoberta de uma "nova possível
quem sabe provável é bem capaz" reserva de petróleo no pré-sal dois dias antes da eleição. Fez-se ainda profissão de fé na mentira, com o fantasma ressuscitado das privatizações — a que a campanha do PSDB, é fato, respondeu, de novo, de modo desastrado, o que não retira o caráter vigarista da acusação.

Pois bem, ainda assim, apesar de tudo isso, a despeito de toda sem-vergonhice, de um constrangedor endeusamento da figura de Lula, que tocou as raias do ridículo, nada menos de 44% dos eleitores que compareceram às urnas disseram "NÃO". E esse "NÃO" FOI DITO A LULA, NÃO A DILMA. Os petistas confundiram — e, infelizmente, o marketing eleitoral da oposição também (e pela segunda vez) — a aprovação ao governo Lula com uma carta branca para ele falar o que bem entende, fazer o que entende, eleger quem bem entende. O petralha assanhado logo dirá: "Ué, mas elegeu Dilma, não foi?" Foi, sim! Mas a que expedientes recorreu para isso? Até onde teve de descer? Quanto teve de gastar de recursos públicos — arreganharam-se os cofres — para lograr o seu intento? E tudo isso para que, no fim, a campanha convergisse para o terrorismo. Lula teve de renunciar a todos os princípios do republicanismo e do decoro para que 6,05% dos
eleitores lhe garantissem a vitória. A distância de 12 pontos numa polarização tende a esconder a margem relativamente estreita de seu triunfo.

Mar de votos. O que fazer?
Os oposicionistas saem desse pleito com um mar de votos. E votos, insisto, qualificados porque conseguiram resistir a todas as vagas da empulhação e à mais desonesta campanha eleitoral a que assisti desde a redemocratização — ou antes, desde a eleição direta para os governos de estado, em 1982. Muitos podem até apoiar o "Lula presidente", mas não aprovaram o "Lula cabo eleitoral".

Se as atuais oposições optarem por se opor apenas nos seis meses finais de 2014, serão jantadas de novo pelo petismo — afinal, Lula estará dando sopa, em busca de emprego. Pode-se apostar que dificuldades virão pela frente, inclusive no cenário internacional, e que Dilma acabará fazendo bobagem. Mas essa é sempre uma aposta arriscada. As oposições, nas democracias, devem se preparar para disputar com adversários bem-sucedidos. Opor-se não é sinônimo de dizer "não" apenas; também é sinônimo de alternativas, pelas quais se deve brigar, procurando mobilizar pessoas e correntes de opinião. Mais: precisa estabelecer uma agenda e um conjunto de valores em nome dos quais vai lutar.

Por mais estranha que possa parecer a proposta, e sei que parece, o primeiro passo do PSDB, reitero, é mergulhar na sua própria história para recolocar os fatos no seu devido lugar. Não pode mais continuar seqüestrado pelo PT. No ano que vem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz 80 anos. As oposições, os 44 milhões que não se deixaram levar pela estupidez de que ele foi um mau presidente e os que têm apreço pela história devem-lhe mais do que um desagravo; devem-lhe a verdade: fundou as bases do Brasil viável. Sem esta "volta para o futuro", quem não tem futuro é o PSDB porque fica sem passado.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Teremos oposição?

Ae, PSDB e DEM, seremos oposição mesmo?
Ou vai ser Lula lá 2014?

Menos Aécio, mais Anastasia

Aécio saiu apequenado desta eleição. Sei que FHC discorda de mim. Não ter conseguido dar votos para Serra apenas significa:

a) É um traíra
b) É incompetente

Ambas opções não são boas. E Anastasia? Tem um diabo no meu ouvido me soprando que é mérito de Anastasia a sua própria eleição

Alckmin cresceu mais uma vez, ganhando SP - de longe o estado mais importante - no primeiro turno.

Agora irá o PSDB se comportar como oposição de verdade? Desde o primeiro dia?
Quem viver verá

FORA DILMA!!!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Fracasso de Aécio Neves

Aécio fracassou. Não conseguiu em Minas os votos para Serra. Fracasso. Melancólico fim terá.